A confiabilidade intra-avaliadores é fundamental na determinação da qualidade dos dados coletados em uma pesquisa. Poucos estudos controlados têm reportado valores de confiabilidade de testes de força e, apesar de esta ser considerada boa na maioria dos estudos publicados (0,79 a 0,99), as diferenças entre teste e reteste têm sido observadas como estatisticamente significativas. Dessa forma, sugere-se a utilização dos valores de um segundo teste, pelo menos, em estudos de pesquisa, de modo que eventuais modificações nos valores de força possam ser atribuídas ao efeito dos tratamentos realizados e não à simples adaptação ao protocolo de teste. As relações entre testes de força máxima e testes submáximos ou variáveis antropométricas têm sido investigadas com o intuito de predizer a força máxima sem que o indivíduo tenha que ser submetido a um teste de carga máxima, evitando possíveis riscos de lesão. Valores de carga máxima, ou percentuais desta, são comumente utilizados para melhor prescrever o treinamento. A predição de uma repetição máxima (1RM) através de testes submáximos parece boa (em geral, correlações > 0,90); entretanto, na maioria dos estudos revisados, as equações preditivas desenvolvidas quase sempre não são aprovadas no escrutínio de uma validação cruzada. Assim sendo, especial atenção deve ser dispensada à especificidade da população, do exercício e da técnica de execução, quando do desenvolvimento e aplicação dessas equações. Variáveis antropométricas não foram confirmadas como boas preditoras de 1RM. O número de repetições para dado % de 1RM é diferente para diferentes exercícios, como também o é a carga para determinado número de repetições máximas (nRM), quando executadas em diferentes velocidades. A prescrição do exercício baseada, indiferentemente, em número de repetições ou % de 1RM deve ser considerada com cautela.
Intra-tester reliability is fundamental in determining the quality of data collected in research. Few controlled studies have reported the reliability of strength tests and, in spite of most published studies reporting it to be good (0.79 to 0.99), differences between test and retest are observed to be statistically significant. Thus, for research purposes, it is suggested that values should be taken from a second test, at least, so that changes in strength may be attributed to treatment effect and not simply to adaptation to the test protocol. The relationships between maximum strength tests and submaximal tests or anthropometric variables have been investigated in order to predict maximal strength without submitting subjects to a maximal load test, so as to avoid the risk of injury. Maximal load, or a percentage of it, is commonly used to better prescribe training. Prediction of one repetition maximum (1RM) from submaximal tests seems to be good (in general, correlation coefficients > 0.90), although studies have mostly failed to cross-validate prediction equations. Thus, care should be taken especially in relation to specificity of the population, of the exercise, and performance technique when developing and applying these equations. Anthropometric variables have not proven to be good predictors of 1RM. The number of repetitions for a given % of 1RM is different for different exercises, so is the load for a given number of repetitions maximum (nRM) when performed at different velocities. Exercise prescription based, indifferently, on number of repetitions or %1RM should be carefully considered.
La confiabilidad entre los evaluadores es fundamental en la determinación de la calidad de los datos obtenidos en una pesquiza. Pocos estudios controlados tienen reportado valores de confiabilidad de tests de fuerza y a pesar de esta ser considerada buena en la mayoría de los estudios publicados (0,79 a 0,99), las diferencias entre el test y el re-test vienen siendo observadas como estadísticamente significativas. De esta forma, se sugiere la utilización de los valores de un segundo test, por lo menos, en estudios de pesquiza, de modo que las eventuales modificaciones de los valores de fuerza puedan ser atribuibles al efecto de los tratamientos realizados y no a simples adaptaciones al protocolo de test. Las relaciones entre los tests de fuerza máxima y los tests submáximos o las variables antropométricas han sido investigadas con la intención de predecir la fuerza máxima sin que el individuo tenga que ser sometido a un test de carga máxima, evitando riesgos de posibles lesiones. Los valores de carga máxima, o los porcentuales de esta son comunmente utilizados para prescribir mejor el entrenamiento. La predicción de una repetición máxima (1RM) a través de test máximos parece buena (en general correlaciones > 0,90), entretanto, en la mayoría de los estudios revisados, las ecuaciones predictivas desarrolladas casi siempre no son aprobadas en el escrutiño de una validación cruzada. Siendo así que, una atención especial deberá dispensarse en la especificidad de la población, del ejercicio, y de la técnica de ejecución cuando se inicie el desarrollo y la aplicación de esas ecuaciones. Las variables antropométricas no fueron confirmadas como buenas predictoras de 1RM. El número de repeticiones para un determinado % de 1RM es diferente para diferentes ejercicios, como tambien lo es la carga para un determinado número de repeticiones máximas (nRM), cuando se ejecuta a diferentes velocidades. La prescripción del ejercicio basada, indiferentemente en el número de repeticiones, o en el % de 1RM debe ser considerada con mucha cautela.