OBJETIVO: comparar dois ângulos cervicais com as classificações oclusais em crianças de 6 a 10 anos com e sem Disfunção Temporomandibular (DTM),identificar se há prevalência de DTM quanto ao gênero, e se há influencia da oclusão sobre os ângulos estudados. MÉTODO: realizou-se um estudo observacional transversal com 91 crianças de ambos os gêneros de uma Instituição de Ensino privado, dispostas em Grupo A (sem DTM) e Grupo B (com DTM). Todas as crianças foram avaliadas seguindo uma ficha cadastral constituída de dados referentes a sexo, idade, peso, altura e exame clínico intra-oral para classificação oclusal de Angle. O diagnóstico e a severidade da DTM, foram verificados pelo questionário proposto por Fonseca. Para avaliação dos ângulos cervicais (A1 e A2) foi utilizada a fotogrametria e o Software Alcimagem®. RESULTADOS: entre as crianças avaliadas, 52 (57,14%) apresentaram maloclusão, sendo 29 com DTM e 23 sem DTM, 39 (42,85%) apresentaram normoclusão, sendo 18 sem DTM e 21 com DTM. Quando comparados os ângulos (A1 e A2) a classe oclusal, foi encontrada diferença significante entre as crianças normoclusivas e maloclusivas com o ângulo A1 (p=0,04). CONCLUSÃO: esse estudo demonstrou que o ângulo A1 (C7, ATM e Ápice do Mento) foi estatisticamente significante quando associado com a condição oclusal. Não foi encontrado associação, na população estudada, entre ângulo cervical e DTM. Além disso, também foi possível observar que, a prevalência de crianças do gênero feminino com DTM é significantemente maior que a do gênero masculino. Esse estudo demonstrou que a maloclusão pode alterar somente o ângulo A1 e que a DTM não interfere nos ângulos cervicais estudados.
PURPOSE: to compare two cervical angles with occlusal classifications in children between 6 and 10 years old with and without Temporomandibular Disorders (TMD), to identify if there is a prevalence of TMD according to gender, and if there is influence of occlusion on the studied angles. METHOD: it was conducted a cross sectional observational study with 91 children of both gender in Group A (without TMD) and Group B (TMD). All children were evaluated following a registration form consisted of sex, age, weight, height data and intra-oral clinical examination for occlusal classification of Angle. The diagnosis and severity of TMD were scanned by the questionnaire proposed by Fonseca. For the cervical angles evaluation (A1 and A2) it was used the photogrammetry and the Alcimagem® software. RESULTS: among the evaluated children, 52 (57.14%) presented malocclusion, 29 with TMD and 23 without TMD. 39 (42,85%) presented normal occlusion, 18 without TMD and 21 with TMD. When the angles were compared, it was found a difference between normal occlusion and malocclusion children with the angle A1 (p=0.04). CONCLUSION: this study demonstrated that the angle A1 (C7, TMJ and Mentum Vertex) was statistically significant when associated to the occlusal condition. No association was found in the evaluated population, between TMD and cervical angle. Besides, it was also observed that the prevalence of female children with TMD is significantly larger than the male. This study demonstrated that malocclusion can change only the angle A1 and the TMD does not interfere with the studied cervical angles.