Este artigo aborda o cruzamento entre palavra e visualidade em três momentos da arte brasileira: Concretismo, Neoconcretismo e Nova Objetividade Brasileira. De um primeiro momento em que se busca a identidade entre palavra e imagem de modo predominantemente óptico passa-se a outro em que essa identidade está na dimensão simbólica da palavra identificada com o corpo e o espaço, tornando-se háptica, e chega-se a um terceiro em que palavra e imagem instauram uma relação de contiguidade, metonímica, que mobiliza o contexto que as inscreve numa rede de significações e relações de poder. É traçada, a partir do conceito de “participação semântica” (1967), de Hélio Oiticica, uma mudança de paradigma na relação entre palavra e imagem.
This article approaches the intersection between word and visuality in three moments of Brazilian art: Concretism, Neo-Concretism, and New Brazilian Objectivity. From a first moment in which the identity between word and image is pursued in a predominantly optic way, a second occurs in which the word is admitted in its symbolic dimension and identified with space, becoming haptic. At a third moment, these instances maintain their differences, establishing a relation of metonymic contiguity that mobilizes the context in which they are inscribed. The hypothesis here formulated is that a shift in the semantic-visual relation paradigm takes place, having as a point of inflection a theoretical text by Hélio Oiticica from 1967 and his concept of “semantic participation”.
Este artículo aborda el cruce entre palabra y visualidad en tres momentos del arte brasileño: Concretismo, Neoconcretismo y Nueva Objetividad Brasileña. Desde un primer momento en que se buscaba la identidad entre palabra e imagen de manera predominantemente óptica se pasó a otro interesado en la dimensión simbólica de la palabra, que, identificada con el cuerpo y el espacio, se convierte en háptica. En otro momento, palabra y imagen mantienen su diferencia, estableciendo una contigüidad metonímica que moviliza el contexto en que existen tanto en sentido sensorial cómo de red de significaciones y relaciones de poder. A partir del concepto de “participación semántica” (1967), de Hélio Oiticica, se traza un cambio de paradigma en la relación entre palabra y imagen.