O conceito de auto-eficácia (AE) foi introduzido em 1977 por BANDURA². Com ampla utilização na área de Saúde, ele tem se revelado um poderoso preditor em vários domínios de comportamentos, tais como: parar de fumar, perder peso, participar de programas de prevenção, entre outros. Este estudo investigou se uma intervenção psicológica produz melhora de índices clínicos em pacientes prestes a receberem tratamento odontológico. Previu-se que o grupo de teste (GT) melhoraria mais do que o grupo de controle (GC) nos índices clínicos de placa e sangramento e que a AE mediaria esta melhora. Os 30 participantes do GT, além do procedimento odontológico padrão, receberam uma intervenção psicológica baseada no modelo de PROCHASKA; DiCLEMENTE12 (1983). Os 30 participantes do GC receberam somente o procedimento odontológico padrão. Os resultados indicaram que os dois grupos apresentaram uma redução significativa dos índices clínicos do pré- para o pós-teste. Porém, os escores 2 e 3 de placa e sangramento sofreram um decréscimo significativamente maior no GT comparado ao GC (U = 197,00, p = 0,0001 e U = 179,00, p = 0,0001, respectivamente). Apenas o GT apresentou um incremento significativo na AE de pré- para pós-tratamento (Z = -3,58, p < 0,0001). No entanto, não houve diferença entre os grupos em termos de aumento de AE do pré- para o pós-teste. Concluindo, os resultados revelaram que a intervenção psicológica foi efetiva e sugerem a possibilidade de que outros fatores além da AE medeiem a melhora significativa do GT em índices clínicos.
The concept of self-efficacy (SE) was developed by BANDURA², in 1977. SE has been widely utilized in health care and has shown to be a powerful predictor in various domains of behavior such as in smoking cessation, weight control and participation in programs of disease prevention. This study investigated if a psychosocial intervention fosters improvements in clinical indices in patients who are about to receive dental treatment. It was predicted that the experimental group (EG) would show a greater progress as to plaque and bleeding clinical indices than the control group (CG), and SE would mediate that improvement. Besides the standardized dental procedures, the 30 participants from the EG received a psychosocial intervention based on the PROCHASKA; DiCLEMENTE’s12 model (1983). The 30 participants in the CG received only standardized dental procedures. The results revealed that the prevalence of scores 2 and 3 of the plaque and bleeding indices underwent a significant decrease in the EG, in relation to the CG (U = 97.00, p = 0.0001 and U = 179.00, p = 0.0001, respectively). Only the subjects from the EG presented a relevant increase of SE, considering the pre- and post-treatment periods (Z = -3.58, p < 0.0001). Yet, there was no difference between both groups as to the increase of SE between the pre- and post-testing periods. In short, the results showed that psychosocial intervention was effective and suggest that other factors besides SE may mediate a relevant improvement of clinical indices in the EG.