Estudos anteriores revelaram que a cor aumenta a produção de respostas ao Rorschach nos adultos mas não nas crianças e que esse aumento se observa a partir dos 15-16 anos. Este dado desenvolvimental, obtido a partir de crianças e jovens portugueses, levou os autores a verificar se esta propriedade da cor é inata ou condicionada pelo desenvolvimento neuropsicológico ou, antes, aprendida ou adquirida. A aplicação do Rorschach, segundo a mesma metodologia, a dois grupos de crianças e de jovens negros de Moçambique, com 11-12 e 15-20 anos, proporcionou resultados que sugerem que, no primeiro grupo etário, não ocorrem diferenças fundamentais em relação ao obtido em Lisboa; no segundo grupo, tais diferenças são acentuadas, em particular para o sexo feminino, levantando-se a questão da natureza cultural do fenômeno.
Previous studies have shown that color increases the production of responses to Rorschach in adults but not in children. This increase is observed beginning from 15-16 years old. This developmental data, obtained from Portuguese children and young individuals, led the authors to verify whether this property of color is innate or conditioned by neuropsychological development, whether it is learned or acquired. The application of Rorschach in two groups of black children and young individuals from Mozambique aged 12, 12 and 15 to 20 years following the same methodology indicated no essential differences in relation to the results obtained in Lisbon, Portugal. Differences were pronounced in the second group for females, which raises issue of the phenomenon's cultural nature.
Estudios anteriores han revelado que el color aumenta la producción de respuestas al Rorschach en los adultos pero no en los niños y que ese aumento se observa a partir de los 15-16 años. Este dato evolutivo, obtenido con niños y jóvenes portugueses, llevó los autores a verificar si esa propiedad del color es innata o condicionada por el desarrollo neuropsicológico o, antes, aprendida, adquirida. La administración del Rorschach, según idéntica metodología, a dos grupo de niños y de jóvenes negros de Mozambique, con 11-12 y 15-20 años de edad, proporcionaron resultados sugiriendo que, en el primer grupo, no se observan diferencias importantes en relación a lo que se ha obtenido en Lisboa; en el segundo, las diferencias son acentuadas, sobre todo respecto al sexo femenino, lo que permite ponerse la cuestión de la naturaleza cultural del fenómeno.