Resumo Sob uma visada feminista, o artigo investiga a presença de artistas mulheres nas edições do Panorama de Arte Atual Brasileira (programa do Museu de Arte Moderna de São Paulo) dedicadas ao campo tridimensional, entre 1972 e 1991. O objetivo é verificar de que modo a justaposição desses indicadores produz um campo de obliteração generificado, raramente abordado pela historiografia. A partir de amplo diagnóstico quantitativo da participação delas e de artistas homens, teceu-se comparações por gerações e níveis de legitimação, buscando entender as razões socioestruturais dos desequilíbrios de gênero do sistema da arte no período. De par com isso, analisou-se o conjunto de obras selecionadas, de modo a identificar certas recorrências e singularidades e como elas foram incorporadas pelo sistema.
Abstract From a feminist perspective, the article investigates the presence of women artists in the editions of Panorama de Arte Atual Brasileira (a program of the Museum of Modern Art of São Paulo) dedicated to the three-dimensional field, held between 1972 and 1991. The objective is to verify how the juxtaposition of these two indicators produces a gendered obliteration field, rarely addressed by historiography. Based on a broad quantitative diagnosis of their participation in relation to men’s, comparisons were made by generations and levels of legitimacy, seeking to understand the socio-structural reasons for the gender imbalances within the art system during the 1970s and 1980s. Alongside this, the group of selected works was analyzed in order to identify certain recurrences and singularities and how they were absorbed by the art system.
Resumen Desde una perspectiva feminista, el artículo invetiga la presencia de artistas mujeres en las ediciones del Panorama de Arte Atual Brasileira (programa del Museu de Arte Moderna de São Paulo) dedicadas al campo tridimensional, entre 1972 y 1991. El objetivo es verificar de qué manera la yuxtaposición de esos indicadores produce un campo de obliteración generificado, raramente abordado por la historiografía. Partiendo de un amplio diagnóstico cuantitativo de la participación de ellas y de artistas hombres, se establecieron comparaciones por generaciones y niveles de legitimación para entender las razones socioestructurales de los desequilibrios de género del sistema del arte en el período. Conjuntamente, fue analizado el conjunto de obras seleccionadas, a fin de identificar ciertas recurrencias y singularidades y su incorporación por el sistema.