Objetivo Comparar os efeitos da massagem manual perilaríngea e do treinamento vocal tradicional em professores com queixas vocais. Métodos Quarenta e dois professores universitários foram selecionados aleatoriamente para um dos dois grupos: grupo de massagem manual perilaríngea (G1), ou grupo de treinamento vocal (G2). Avaliações realizadas : autoavaliação vocal e da dor, relato de sintoma vocal, avaliação da tensão da musculatura cervical, análises perceptivo-auditiva e acústica da voz. Resultados Não houve diferença entre os grupos para idade, gênero e tempo de magistério. Os sintomas vocais mais referidos foram sensação de secura na garganta e rouquidão. Nos dois grupos houve redução dos sintomas vocais. Não houve diferença entre as intervenções, quanto aos escores parciais e total do questionário de autoavaliação vocal e à análise acústica. O G1 apresentou diferença intragrupo para autopercepção vocal e parâmetro acústico “energia de ruído glótico”. O G2, para os escores “efeitos na comunicação diária”, “efeitos na emoção”, “limitação das atividades”, escore total, parâmetros shimmer e “energia de ruído glótico”. O G1 apresentou diferença intragrupo para autopercepção da dor e houve redução da tensão cervical e do grau discreto de disfonia, aumentando a porcentagem de sujeitos com grau normal. O G2 manteve o resultado da análise perceptivo-auditiva da voz, após a intervenção, e não apresentou diferença na avaliação da tensão. Conclusão : As duas intervenções contribuíram para melhorar o bem-estar e a qualidade vocal dos participantes, cabendo ao profissional fonoaudiólogo decidir qual utilizará, observando as queixas e a demanda vocal do professor.
Purpose Compare the effects of manual perilaryngeal massage and traditional vocal training in professors with voice complaints. Methods Forty-two professors were randomized into two groups: perilaryngeal manual massage (G1) or vocal training (G2). They were assessed for self-perceived vocal and pain evaluation, vocal symptoms reports, cervical muscle tension evaluation, perceptual-auditory and acoustic voice analyses. Results No difference was found between the groups regarding age, gender, and teaching experience. The most commonly reported vocal symptoms were throat dryness and hoarseness. Both groups had an improvement in vocal symptoms. No difference was found among the interventions regarding the partial and total scores in the vocal self-assessment questionnaire and acoustic analysis. G1 had an intragroup difference for vocal self-perception and for the acoustic parameter glottal noise energy, while G2 had intragroup differences for scores of effects on daily communication, effects on emotion, limitation in activities, total score, shimmer, and glottal noise energy. In G1, an intragroup difference was found for self-perceived pain, while cervical tension and the slight dysphonia level improved, which increased the percentage of subjects with a regular level. In G2, the result of vocal perceptual-auditory analysis remained stable after the intervention and no difference was found when assessing tension. Conclusion : Both interventions improved the subjects’ well-being and vocal quality. The speech therapist should choose which intervention to use by considering the professors’ complaints and vocal requirements.