ABSTRACT Fernanda Gomes has stood out in the national art scene for presenting a work not very docile to the system that contains it. Our intention here is to demonstrate how her work (as a matter of fact, her exhibitions-works), largely permeated by small perceptions and exhaustive attention, formulates a singular reception strategy–distinct from the fugacity of today’s attention and the intensive discursiveness of the contemporary art field. The hypothesis of a singular reception is supported by the constant refusal to assign names to works and exhibitions (constantly titled with her own name, more by insufficiency than intention), the insistence on dismissing the power of curatorial discursive interferences, without thereby supplementing the semantic field of the work with its own subjectivity and life.
RESUMEN Fernanda Gomes se ha destacado en el escenario artístico nacional por presentar un trabajo poco dócil al sistema que lo contiene. Nuestro intento en esta reflexión será de demostrar cómo su obra (o mejor, sus exposiciones-obras), ampliamente impregnada de pequeñas percepciones y atención exhaustiva, formula una singular estrategia de recepción – distinta de la fugacidad de la atención actual y de la discursividad intensiva del campo contemporáneo del arte. La hipótesis de una recepción singular se apoya en su constante rechazo a atribuir nombres a sus obras y exposiciones (rutinariamente tituladas con su propio nombre, más por insuficiencia que por intención), la insistencia en desestimar el poder de las interferencias discursivas curatoriales, sin completar el campo semántico de la obra con su propia subjetividad y vida.
RESUMO Fernanda Gomes tem se destacado no cenário artístico nacional por apresentar um trabalho pouco dócil ao sistema que o contém. Nosso intento nesta reflexão será demonstrar como sua obra (ou melhor, suas exposições-obras), amplamente perpassada pelas pequenas percepções e pela atenção exaustiva, formula uma estratégia de recepção singular – distinta da fugacidade da atenção hodierna e da intensiva discursividade do campo contemporâneo das artes. A hipótese de uma recepção singular é amparada pela constante recusa em atribuir nomes a obras e exposições (corriqueiramente intituladas com seu próprio nome, mais por insuficiência que por intenção), a insistência em destituir o poder das interferências discursivas curatoriais, sem que com isso suplemente o campo semântico do trabalho com sua própria subjetividade e vida.