O texto apresenta uma discussão crítica acerca das práticas psicológicas, destacando o segredo na psicoterapia. A autora resgata a ideia do segredo como algo que separa, segrega o que é público do que é privado, o que pode e o que não pode ser mostrado, envolvendo não só questões culturais mas, sobretudo, questões políticas. A prática clínica pode ser um dispositivo que "trata o segredo pelo segredo", construindo uma noção de interioridade que fundamenta modelos imperativos de tratamento. Posteriormente, a autora desloca essa discussão para o domínio das pesquisas em ciências humanas revendo a questão da imposição do anonimato que, para ela, provoca o "efeito sem nome" e instaura uma relação de assimetria na pesquisa, provocando uma distribuição equivocada de poder.
The text presents a critical discussion about psychological practices, focusing on the secret in the psychotherapy. The author rescues the idea of secret as something that separates, that sets apart what's public and what is private, what can or cannot be showed, including not only cultural subjects, but also, especially, political subjects. The clinical practice can be a device which "treats the secret by itself", building a sense of inferiority which establishes mandatory treatment models. Then, the author displaces this discussion to the domain of Human science research, checking the imposition of anonymity that, for her, causes the "unnamed effect" and establises an asymmetry relation on the research, promoting a mistaken distribution of power.