O objetivo deste estudo foi conhecer a experiência de mulheres imigrantes mexicanas na Califórnia, Estados Unidos, sobre a utilização de serviços formais de saúde para resolver problemas relacionados com a saúde sexual e reprodutiva. O desenho foi qualitativo, com enfoque teórico-metodológico da Antropologia Interpretativa. As técnicas utilizadas foram relatos de histórias de vida de mulheres usuárias dos serviços de saúde na Califórnia e entrevistas breves com informantes-chave. Encontraram-se três tipos de barreiras principais para o acesso ao serviço de saúde: condições de imigração, idioma e gênero. Tempo de espera, atitudes discriminatórias e custo do serviço foram as características que mais incomodaram as imigrantes. A percepção de qualidade da atenção esteve relacionada com a condição de ilegalidade migratória. A rede de apoio, tanto no México quanto na Califórnia, colabora na resolução das enfermidades. Deve-se incorporar a perspectiva intercultural nos serviços de saúde.
This study focuses on the experience of Mexican women migrants in California, USA, with the use of formal health services for sexual and reproductive health issues. The authors used a qualitative interpretative approach with life histories, interviewing eight female users of healthcare services in California and seven key informants in Mexico and California. There were three main types of barriers to healthcare: immigration status, language, and gender. Participants reported long waiting times, discriminatory attitudes, and high cost of services. A combination of formal and informal healthcare services was common. The assessment of quality of care was closely related to undocumented immigration status. Social support networks are crucial to help solve healthcare issues. Quality of care should take intercultural health issues into account.
El objetivo de este estudio fue conocer la experiencia de mujeres mexicanas migrantes en California, Estados Unidos, en torno a la utilización de los servicios formales de salud para resolver problemas relacionados con su salud sexual y reproductiva. El diseño fue cualitativo, con enfoque teórico metodológico de antropología interpretativa. Las técnicas utilizadas fueron historias de vida con mujeres usuarias de los servicios de salud en California y entrevistas breves con informantes clave. Se encontraron tres tipos de barreras principales para el acceso al sistema de salud: condición migratoria, idioma y género. Los tiempos de espera, actitudes discriminatorias y costo del servicio se expresaron como características que más incomodaron a las migrantes. La percepción de calidad de atención estuvo relacionada con la condición de ilegalidad migratoria. La red de apoyo tanto en México, como en California, colabora en la resolución de enfermedades. Se debe incorporar la perspectiva intercultural en los servicios.