Resumo Objetivo: Avaliar o estresse oxidativo e as defesas antioxidantes não enzimáticas em cuidadores informais, comparando os dados obtidos com indivíduos não cuidadores, correlacionando ao grau de ansiedade, satisfação com a saúde e qualidade de vida. Método: Estudo analítico caso-controle, onde o caso é representado pelo cuidador informal principal e o controle é pareado por indivíduos com características idênticas ao caso, exceto pelo fato de não desempenhar o papel de cuidador informal. Instrumentos utilizados: questionário sociodemográfico, escala de ansiedade de Beck e WHOQOL-bref. O estresse oxidativo foi medido por meio do sangue, com marcadores Ferric Reducing Ability of Plasma (FRAP) e Thiobarbituric Acid Reactive Substances (TBARS). Resultados: O cuidador informal é representado em sua maioria por indivíduos do sexo feminino. Não houve diferença no grau de ansiedade entre os grupos caso e controle. Dentre os cuidadores informais, 9,4% disseram estar muito insatisfeitos e 53,1% insatisfeitos com sua saúde. Referente à qualidade de vida, a maioria dos cuidadores (43,8%) classificou como ruim e 12,5% como muito ruim, enquanto a maior parte dos controles a classificou como boa (68,8%). Os valores de TBARS e FRAP foram menores no grupo caso em relação ao grupo controle. Conclusão: O cuidador informal, em sua maioria mulheres, se definem insatisfeitos ou muito insatisfeitos com sua saúde. Apesar disso, não manifestaram grau de ansiedade maior em relação à população controle. Apresentaram grau de estresse oxidativo menor em relação aos participantes não cuidadores, talvez, devido a maior mobilização das defesas antioxidantes não enzimáticas presentes no organismo.
Abstract Objective: to evaluate oxidative stress and non-enzymatic antioxidant defenses in informal caregivers, and correlations with anxiety, health satisfaction and quality of life. Method: a case-control analytical study was performed, where the case was represented by the main informal caregiver and the control was paired with individuals with identical characteristics to the case, but who were not informal caregivers. The following instruments were used: a sociodemographic questionnaire, the Beck anxiety scale and the WHOQoL-Bref. Oxidative stress was measured through blood by analysis of the Ferric Reducing Ability of Plasma (FRAP) and Thiobarbituric Acid Reactive Substances (TBARS) markets. Results: most informal caregivers were females. There was no difference in the degree of anxiety between the Case and Control groups. Among informal caregivers, 9.4% said they were very dissatisfied and 53.1% dissatisfied with their health. Most caregivers (43.8%) rated their quality of life as poor and 12.5% as very poor, while most controls rated it as good (68.8%). The TBARS and FRAP values were lower in the Case group than in the Control group. Conclusion: The informal caregivers, who were mostly women, defined themselves as dissatisfied or very dissatisfied with their health. Nevertheless, they did not manifest a higher degree of anxiety in comparison with the control population. In addition, they presented a lower degree of oxidative stress than the non-caregiving participants, perhaps due to a greater mobilization of the non-enzymatic antioxidant defenses present in the body.