Este artigo propõe uma reflexão sobre o sujeito e seu lugar no contexto clínico, e, mais especificamente, sobre suas possibilidades de questionamento, crítica e subversão nessa relação de poder. Michel Foucault afirma que, nas relações de poder, há necessariamente possibilidade de resistência, e sugere, como uma outra maneira para se abordar essas relações, focalizá-las a partir da análise dos antagonismos das estratégias em vez de focalizá-las a partir de sua racionalidade interna. Partindo dessas colocações e considerando o contexto terapêutico como espaço também para práticas de liberdade e para resistência às posições até então ocupadas pelo sujeito na trama social e na situação clínica, acreditamos que esta experiência possa vir a colaborar com o sujeito numa possibilidade de recriação de si e de emergência de novas formas de subjetivação.
This article aims to reflect on the subject and his/her position in the clinical context, more specifically on his/her possibilities to inquire, criticize and subvert the order inside this relation of power. Michel Foucault says that in the relations of power there are necessarily possibilities of resistance and he suggests as another way to study these relations the analysis of their antagonist strategies, instead of their intern rationality. Starting from this point of view and considering the therapeutic context also as a locus for acts of freedom and resistance against the positions the subject had in the social context and in the clinical situation, we believe that this practice can collaborate with the subject so that he could recreate himself and new kinds of subjectivities could emerge.
Este artículo propone una ponderación sobre el sujeto y su lugar en el contexto clínico, y, más específicamente, sobre sus posibilidades de cuestionamiento, crítica y subversión en esa relación de poder. Michel Foucault afirma que, en las relaciones de poder, hay necesariamente posibilidad de resistencia, y sugiere, como otra manera para abordar estas relaciones, enfocarlas del análisis de los antagonismos de las estrategias en vez de enfocarlas su racionalidad interna. Partiendo de esas colocaciones y considerando el contexto terapéutico como espacio también para prácticas de libertad y para resistencia a las posiciones hasta entonces ocupadas por el sujeto en la trama social y en la situación clínica, creemos que esta experiencia pueda venir a colaborar con el sujeto en una posibilidad de recreación de sí y de emergencia de nuevas formas de subjetivación.