INTRODUÇÃO: na última década, a instrumentação interespinhosa vem sendo mais frequentemente utilizada. Apesar dos inúmeros artigos publicados em revistas internacionais de reconhecido mérito científico, são escassas as referências à modificação da altura do disco no segmento tratado, secundária àquela instrumentação. OBJECTIVO: quantificar uma eventual modificação da altura discal decorrente da aplicação de instrumentação interespinhosa (DIAM - Cousin-Biotech - Medtronic Sofamor Danek Inc©). MÉTODOS: o autor avalia um grupo de 20 pacientes com patologia degenerativa da coluna lombar e os seguintes critérios de inclusão: idade >40 e <80; índice de massa corporal <40; dor visual analogue scale (VAS) >6; Oswestry Disability Index (ODI) >30; Zung Depression Rating Scale <39; Modified Somatic Perception Questionnaire (MSPQ) <15; degenerescência vertebral tipo 2 e 3 da classificação de Benzel e discal tipo 3 e 4 da classificação de Pfirrmann. Utilizando uma fórmula matemática, e um programa computorizado de imagem (Adobe Photoshop 9.0 CS2), foram efectuadas medições em radiografias da coluna lombar obtidas na incidência de perfil em posição ortostática. A amplificação utilizada para esses exames foi de 70%, tendo sido comparados os valores obtidos no pré-operatório com os referentes a dois anos após a cirurgia. RESULTADOS: foi constatado um aumento global em média de 1,53 mm com desvio padrão de 1,09 mm e p=0,0002, quando avaliadas as diferenças decorrentes da aplicação da referida fórmula. Contudo, quando foi analisada a variação anterior e posterior separadamente, observou-se diferença média superior (0,45 mm) na variação da distância intervertebral posterior (p=0,0002) quando comparada com a anterior (p=0,001), o que indicia um ligeiro efeito cifosante da instrumentação. CONCLUSÕES: nos casos de doença degenerativa lombar de tipo 2/3 de Benzel e 3/4 de Pfirmann, a aplicação de sistemas interespinhosos poderá proporcionar uma modificação da altura do disco intervertebral, aumentando-o ligeiramente, o que inevitavelmente influenciará as dimensões do canal vertebral.
INTRODUCTION: the use of interspinous instrumentation has been increasing in the last decade. However, in spite of the numerous papers seen in relevant scientific publications, there are very few references to an eventual disc height variation in the instrumented segment. OBJECTIVE: to certify eventual changes in disk height after interspinous instrumentation (DIAM - Cousin-Biotech - Medtronic Sofamor Danek Inc©). METHODS: the author evaluated 20 patients with degenerative lumbar disease and the following criteria: age >40 and <80; body mass index <40; pain visual analogue scale >6; Oswestry Inability Index >30; Zung Depression Rating Scale <39; Modified Somatic Perception Questionnaire <15; degenerative bone disease grade 2 and 3 according to Benzel classification and degenerative disk disease grade 3 and 4 according to Pfirmann classification. Using a special formula and a computer image program (Adobe Photoshop 9.0 CS2), side radiograms of the lumbar spine in orthostatic position and with 70% amplification were obtained pre-surgery and two years after surgery. RESULTS: after applying the mentioned formula, the results showed an increased global disk height average 1.53 mm, with a standard deviation of 1.09 mm and p=0.0002. However, there was a large increase (0.45 mm) in posterior disk height (p=0.0002) when compared with anterior measurement (p=0.001) pointing out a slight kyphosing effect related to the instrumentation. CONCLUSIONS: in Benzel grade 2 and 3 and Pfirmann grade 3 and 4 degenerative lumbar disease, the use of an interspinous system seemed to be able to increase disk height and to improve neural canal dimensions.
INTRODUCCIÓN: la instrumentación interespinosa tiene sido empleada con creciente frecuencia en la última década. Pero, apesar de las numerosas publicaciones científicas hechas en jornales científicos de reconocido mérito internacional, se han producido muy escasas referencias a una hipotética modificación de la altura discal dependiente de la técnica. OBJETIVO: cuantificar una eventual modificación de la altura discal inherente a la aplicación de instrumentación interespinosa. MÉTODOS: el autor hace una evaluación de un grupo de 20 pacientes con patología degenerativa de la columna lumbar, y diversos criterios de inclusión, a saber: edad >40 y <80; índice de masa corpórea <40; dolor Visual Analogue Scale >6; Oswestry Disability Index >30; Zung Depression Rating Scale <39; Modified Somatic Perception Questionnaire <15; patología degenerativa ósea lumbar de tipo 2 y 3 de la clasificación de Benzel y discal de tipo 3 y 4 de la clasificación de Pfirmann. Empleando una fórmula matemática y recorriendo a un programa computarizado de imagen (Adobe Photoshop 9.0 CS2) se efectuaran las mediciones en radiografías de la columna lumbar, en incidencia de perfil y posición ortogonal. La amplificación empleada ha sido de 70% se comparando los valores obtenidos antes con los referentes a dos años después de la cirugía. Resultados: se verificó un aumento global en media de 1,53 mm con un desvío padrón de 1,09 mm y p=0,0002, cuando se evaluaran las diferencias inherentes a la aplicación de la mencionada fórmula. Sin embargo, cuando la variación anterior y posterior en separado fue verificada, había una diferencia media superior (0,45 mm) en la variación de la distancia intervertebral posterior (p=0,0002) cuando comparada con la anterior (p=0,001), lo que indicia un ligero efecto cifosante de la instrumentación. CONCLUSIONES: en los casos de patología degenerativa lumbar de tipo 2 y 3 de Benzel y discal de tipo 3 y 4 de Pfirmann, la aplicación de sistemas interespinosos parece proporcionar una modificación de la altura del disco intervertebral, lo aumentando y en consecuencia modificando las dimensiones del canal neural.