Será que a diáspora subentende a terra natal? Segundo alguns estudiosos que impulsionaram o crescimento dos estudos diaspóricos na década de noventa, essa era uma condição sine qua non do conceito. Sob a pressão dos críticos do construcionismo social que tentavam descontruir as idéias básicas de "terra natal" e comunidade, surgiram noções mais complexas e indefinidas de "terra natal" e de "lar". Essas, da realidade histórica à virtualidade pós-moderna, são aqui caracterizadas em uma escala decrescente "sólidas", "dúcteis" e "líquidas". Demonstro que essas três versões de "lar" ou "terra natal" possuem base histórica e empírica considerável, porém refuto o mero construcionismo social. Também há indícios de que as noções de "terra natal sólida" estejam recebendo cada vez mais atenção.
Does diaspora imply a homeland? For a number of scholars who pioneered the growth of diasporic studies in the 1990s this was the sine qua non of the concept. Under the weight of social constructionist critics, who sought to deconstruct the foundational ideas of homeland and community, more complex and vaguer ideas of homeland and home emerged. These are characterized here as "solid", "ductile" and "liquid", on a diminishing scale from historical reality to postmodern virtuality. I show that all three versions of home/homeland have some historical and empirical support, but I reject the pure social construcionism. There is also some evidence that solid notions homeland are gaining increasing attention.
La diaspora sous-entend-elle la terre maternelle? Selon certains studieux qui ont stimulé le développement des études sur la diaspora dans les années quatre-vingt-dix, il s'agissait d'une condition sine qua non pour ce concept. Sous la pression des critiques du constructionisme social qui essayaient de déconstruire les idées basiques de terre maternelle et de communauté, des notions plus complexes et indéfinies de "terre maternelle" et de "foyer" ont surgi. Celles-ci sont caractérisées ici comme "solides", "ductiles" et "liquides", par ordre décroissant, allant de la réalité historique à la virtualité post-moderne. Nous démontrons que ces trois versions de "foyer" ou de "terre maternelle" ont une base historique et empirique considérable, cependant nous refusons le simple constructionisme social. Il existe aussi des indices qui démontrent que les notions de "terre maternelle solide" sont de plus en plus dignes d'attention.