OBJETIVO: Avaliar o efeito do método Reequilíbrio Toracoabdominal na força dos músculos respiratórios de pacientes com fibrose cística, acompanhados no Ambulatório de Fibrose Cística da Universidade Católica de Brasília. MÉTODOS: A amostra, constituída de 29 fibrocísticos, foi caracterizada com base em dados antropométricos, genéticos e de colonização bacteriana. Espirometria, manovacuometria e antropometria foram realizadas antes e depois do tratamento fisioterapêutico, no qual se utilizou o método Reequilíbrio Toracoabdominal, duas vezes por semana, durante quatro meses. RESULTADOS: Houve aumento da pressão inspiratória máxima e da pressão expiratória máxima após o tratamento fisioterapêutico em todos os pacientes, naqueles sem distúrbio ventilatório obstrutivo e naqueles com distúrbio ventilatório obstrutivo leve (p < 0,05). Foi encontrada correlação positiva entre a idade e a pressão expiratória máxima para a maioria dos grupos. A pressão inspiratória máxima só apresentou correlação positiva com a idade no grupo com distúrbio ventilatório obstrutivo leve (p = 0,012; r = 0,817). Para o sexo feminino e para o grupo sem distúrbio ventilatório obstrutivo houve correlação negativa entre a pressão expiratória máxima e a colonização por Pseudomonas aeruginosa (p = 0,036; r = -0,585). CONCLUSÃO: Para os fibrocísticos avaliados, o método Reequilíbrio Toracoabdominal aumentou a força dos músculos respiratórios, o que reafirma a importância do tratamento fisioterapêutico para estes pacientes.
OBJECTIVE: To determine the effect that re-education of the thoracic and abdominal muscles has on the respiratory muscle strength of patients with cystic fibrosis evaluated over time at the Cystic Fibrosis Outpatient Clinic of the Universidade Católica de Brasília (Catholic University of Brasília). METHODS: The sample consisted of 29 cystic fibrosis patients, characterized based on anthropometric, genetic and bacterial colonization data. The patients were submitted to physical therapy sessions, involving re-education of the respiratory muscles, twice a week for four months. Spirometry, pressure manometry and anthropometry were performed before and after each session. RESULTS: Comparing baselines values to those obtained after physical therapy, increases in maximum inspiratory pressure and maximum expiratory pressure were observed in all patients, those without any obstructive respiratory disease and those with mild obstructive respiratory disease (p < 0.05). A positive correlation between age and maximum expiratory pressure was observed for most of the patients. Maximum inspiratory pressure correlated positively with age only in the group with mild obstructive respiratory disease (p = 0.012; r = 0.817). In female patients and in the group of patients without obstructive respiratory disease, a negative correlation was observed between maximum expiratory pressure and colonization with Pseudomonas aeruginosa (p = 0.036; r = -0.585). CONCLUSION: Use of the thoracic and abdominal muscle re-education technique increased respiratory muscle strength in the cystic fibrosis patients studied, a finding that underscores the importance of including physical therapy in the treatment of these patients.