Resumo: Analisa-se criticamente a proposta de Robin Celikates de formular uma teoria da crítica que pense a sua relação paternalista, indulgente ou emancipatória para com os agentes sociais ordinários (isto é, os não teóricos ou não cientistas). Argumenta-se que o autor, contado como um dos pertencentes a uma “nova geração” frankfurtiana, formula um modelo de crítica afastado da crítica de objetos concretos e que isso tem consequências negativas para a sua formulação. Sob o pressuposto errôneo de que isso ofenderia a autonomia e as capacidades cognitivas dos agentes, Celikates veda à teoria crítica a constatação de processos sociais que ocorrem às suas costas, o que termina por tornar a própria atividade crítica ou desnecessária ou incapaz de atender os seus objetivos.
Abstract: The article reviews critically Robin Celikates' proposal to formulate a theory of critique that thinks its paternalist, indulgent or emancipatory relationship to ordinary social agents (i.e, non-theorists or non-scientists). It argues that the author, counted as belonging to a frankfurtian “new generation”, formulates a model of critique apart from the criticism of concrete objects and that this brings him negative consequences. Under the erroneous assumption that this would offend the agents' autonomy and cognitive abilities, Celikates interdicts to critical theory the verification of social processes that occur “behind their back”, what ends up making the critical activity itself either unnecessary or incapable of achive its objectives.
Resumen: En este texto se analiza críticamente la propuesta de Robin Celikates de una teoría de la crítica que reflexione sobre su relación paternalista, indulgente o emancipadora con los agentes sociales ordinarios (es decir, los no teóricos o los no científicos). Se argumenta que el autor, considerado como haciendo parte de una “nueva generación” de Fráncfort, formula un modelo de crítica distante de la crítica de objetos concretos y que esto tiene consecuencias negativas para su formulación. Bajo el supuesto erróneo de que esto ofendería la autonomía y las capacidades cognitivas de los agentes, Celikates veta a teoría crítica el análisis de los procesos sociales que ocurren detrás de ellos, lo que hace que la actividad en si sea o innecesaria o incapaz de cumplir sus objetivos.