Este trabalho tem como objetivo avaliar a eficácia de três vacinas inativadas contra agalaxia contagiosa, preparadas com amostra de Mycoplasma agalactiae isolada no Brasil e diferentes adjuvantes. A vacina 1, adsorvida com hidróxido de alumínio, foi administrada em 23 caprinos (Gc1) e 13 ovinos (Gov1); a vacina 2, contendo Montanide IMS-2215-VG, foi administrada em 22 caprinos (Gc2) e 12 ovinos (Gov2); e a vacina 3, contendo Montanide Gel-01 foi administrada em 22 caprinos (Gc3) e 12 ovinos (Gov3). Todos os animais eram negativos para Ma no ELISA indireto e receberam duas doses de 2mL cada, por via subcutânea, com intervalo de 21 dias. Cinco animais de cada espécie foram utilizados como controle. Setenta e cinco dias após o reforço, quatro animais de cada grupo vacinado e dois do grupo controle foram desafiados com 5mL de cultura de Ma contendo 10(7)ufc/mL, por via oral e pela imersão dos tetos das fêmeas em lactação. A resposta sorológica foi analisada nos dias da vacinação (zero e 21) e aos 51, 81, 111, 141 e 171 dias pós-vacinação. As coletas e análises dos animais desafiados foram realizadas no dia do desafio (D0) e sete, 14, 21, 28, 35, 42, 49 e 56 dias pós-desafio. As três vacinas induziram produção de anticorpos, não havendo diferença estatisticamente significativa entre caprinos e ovinos (P>0,05). Animais dos grupos Gc1, Gc2 e Gov2 produziram níveis de anticorpos mais elevados, com diferença estatisticamente significativa em relação aos demais grupos vacinados e ao grupo controle (P<0,05). Após o desafio, os animais do grupo controle apresentaram aumento de linfonodos regionais e conjuntivite, mastite e artrite. Em quatro animais vacinados, foi observada discreta conjuntivite e congestão dos vasos episclerais. Conclui-se que as vacinas 1 e 2 induziram níveis de anticorpos protetores em caprinos e ovinos suficientes para proteção clínica dos animais submetidos à infecção experimental, podendo ser indicadas para prevenção da agalaxia contagiosa.
This paper aims to evaluate the efficiency of three inactive vaccines against contagious agalactia prepared with samples of Mycoplasma agalactiae isolated in Brazil and different adjuvants. Vaccine 1 adsorbed with aluminum hydroxide was administered in 23 goats (Gc1) and 13 sheep (Gov1); vaccine 2 containing Montanide IMS-2215-VG was administered in 22 goats (Gc2) and 12 sheep (Gov2) and vaccine 3, containing Montanide Gel-01 was administered in 22 goats (Gc3) and 12 sheep (Gov3). All animals were negative for Ma at indirect ELISA and received two doses of 2mL each, subcutaneously, within a 21 day interval. Five animals from each species were used as control. Seventy-five days after the booster, four animals from each vaccinated group and two from the control group were challenged with 5mL of Ma culture containing 10(7)cfu/mL, orally and through immersion of the female's udder in lactation. The serological response was analyzed during vaccination days (0 and 21) and at 51, 81, 111, 141 and 171 days after vaccination. The collection and analysis of the challenged animals were conducted at the day of the challenge (D0) and 7, 14, 21, 28, 35, 42, 49 and 56 days after the challenge. The three vaccines induced the production of antibodies, having no significant statistical difference (p<0.05). Animals from groups Gc1, Gc2 and Gov2 developed higher levels of antibodies, with significant statistical difference compared to the other vaccinated group and control group (p<0.05). After the challenge, the animals from the control presented an increase in regional lymph nodes and conjunctivitis, mastitis and arthritis. In four vaccinated animals, discrete conjunctivitis and congestion of the episcleral veins was observed. It is concluded that vaccines 1 and 2 induced levels of protective antibodies in goats and sheep, sufficient for clinical protection of the animals submitted to the experimental infection, indicating its use on the prevention of contagious agalactia.