Macrophomina phaseolina é considerado como um dos fungos mais prevalecentes em infecções radiculares de soja, no Brasil. Nenhuma fonte de resistência genética foi ainda encontrada. Além disso, nenhuma informação foi obtida quanto à variabilidade genética deste patógeno, em regiões tropicais. Cinqüenta e cinco isolados de raízes de soja (Glycine Max), obtidos de diferentes regiões geográficas, foram analisados por RAPD para avaliação da diversidade genética. Análise de agrupamento (UPGMA), utilizando 74 loci, permitiu identificar três grupos, com uma média de 99%, 92% e 88% de similaridade genética, respectivamente. Os três grupos correspondem a 5,45%, 59,95% e 34,6% de todos os isolados utilizados. Apenas uma planta estava infetada por três diferentes haplotipos, enquanto 10,9% de todas as plantas estavam infetadas por haplotipos pertencentes a dois diferentes grupos. Em outro estudo a similaridade genética foi determinada entre isolados originários de diferentes hospedeiros [soja, sorgo (Sorghum bicolor), girassol (Helianthus annuus), caupi (Vigna unguiculata), milho (Zea mays) e trigo (Triticum aestivum)] e de duas amostras de solo de áreas virgens. Os resultados mostraram que isolados mais divergentes são oriundos de áreas com monocultura. Amplificação da região ITS produziram apenas um fragmento com 620 pb. Nenhum dos isolados foi diferenciado quando o produto amplificado por PCR foi digerido com enzimas de restrição. Os resultados demonstram a existência de variabilidade genética entre os isolados brasileiros de M. phaseolina e mostram que uma única raiz pode ter mais de um haplotipo. Além disso, a rotação de cultura induz menos diversidade genética entre os isolados. O conhecimento dessa variabilidade pode ser útil na seleção de genótipos resistentes à podridão de carvão.
Macrophomina phaseolina has been considered one of the most prevalent soybean (Glycine max) pathogens in Brazil. No genetic resistance has been determined in soybean and very little is known about the genetic diversity of this pathogen in tropical and sub-tropical regions. Fifty-five isolates from soybean roots were collected in different regions and analyzed through RAPD for genetic diversity. The UPGMA cluster analysis for 74 loci scored permitted identification of three divergent groups with an average similarity of 99%, 92% and 88%, respectively. The three groups corresponded to 5.45%, 59.95% and 34.6%, respectively of all isolates used. A single plant had three different haplotypes, while 10.9% of the analyzed plants had two different haplotypes. In another study the genetic similarity was evaluated among isolates from different hosts [soybean, sorghum (Sorghum bicolor), sunflower (Helianthus annuus), cowpea (Vigna unguiculata), corn (Zea mays) and wheat (Triticum aestivum)] as well as two soil samples from native areas. Results showed that more divergent isolates originated from areas with a single crop. Isolates from areas with crop rotation were less divergent, showing high similarity values and consequently formed the largest group. Amplification of the ITS region using primers ITS1 and ITS4 produced only one DNA fragment of 620 bp. None of the isolates were differentiated through PCR-RFLP. Our results demonstrated genetic variability among Brazilian isolates of M. phaseolina and showed that one single root can harbor more than one haplotype. Moreover, cultivation with crop rotation tends to induce less specialization of the pathogen isolates. Knowledge of this variation may be useful in screening soybean genotypes for resistance to charcoal rot.