A queima-das-folhas é responsável por perdas significativas na produção de cenoura e a resistência genética é uma das formas mais eficientes de controle da doença. Objetivou-se com este trabalho avaliar a resistência de progênies de populações de cenoura à queima-das-folhas com diferentes níveis de germoplasma tropical. Foram avaliadas as populações 561, 586 e 587 e como testemunhas as cultivares comerciais, Juliana e BRS Planalto. Foi utilizado o delineamento de blocos casualizados, com duas repetições e parcela de 1,2 m². A doença ocorreu de forma natural no campo e foi avaliada a cada cinco dias, a partir dos 72 dias após a semeadura. As populações 561, 586 e 587 e a cultivar BRS Planalto apresentaram severidades semelhantes e inferiores às cultivares Brasília e Juliana, as quais não diferiram entre si. Não foram observadas diferenças significativas na produção comercial e total de raízes. Nas análises realizadas entre as progênies dentro de cada população e as testemunhas não foram observadas diferenças na produção comercial e total de raízes. Com relação à severidade, as progênies da população 561 e 586 e BRS Planalto não diferiram entre si e apresentaram maiores níveis de resistência que Brasília e Juliana. Contudo, uma progênie da população 586 apresentou resistência intermediária. Dez de 15 progênies da população 587 apresentaram níveis de resistência semelhantes à BRS Planalto, enquanto cinco apresentaram resistência semelhante à Brasília e Juliana. Esta maior variabilidade fenotípica indica seu potencial para a obtenção de ganho genético para resistência à queima-das-folhas. A produção de raízes comerciais e totais das populações 561 e 586 apresentaram correlação negativa com a severidade da doença. Tais resultados indicam que a resistência à queima-das-folhas atribui-se, majoritariamente, ao germoplasma tropical, observado em maior quantidade na população 561, cerca de 87,5%.
Leaf blight is responsible for significant losses on carrot production and the genetic resistance is one of the most efficient ways to control this disease. This study aimed to evaluate the resistance of carrot progeny populations to leaf blight with different levels of tropical germplasm. We evaluated the populations 561, 586 and 587 and, as control treatments, the commercial cultivars Juliana and BRS Planalto. We adopted the randomized block design, with two replications and plots consisting of 1.2 m². The disease occurred naturally on the field and was evaluated each five days, beginning at 72 days after planting date. The populations 561, 586 and 587 and cultivar BRS Planalto presented similar and lower severities to Brasília and Juliana cultivars, which did not differ from each other. There were no significant differences in commercial and total root yield. In the analyses carried out between the progenies within each population and the control no differences were observed in commercial and total yield of roots. Regarding the severity, the progenies of the population 561 and 586 and BRS Planalto did not differ from each other and presented higher levels of resistance than Brasília and Juliana. However, one progeny of population 586 presented intermediate resistance. Ten of 15 progenies of the population 587 presented levels of resistance similar to BRS Planalto, while five presented resistance similar to Brasília and Juliana. This increased phenotypic variability indicates potential to obtain genetic gain for resistance to leaf blight. The commercial and total root yield of the populations 561 and 586 presented negative correlation with the severity of the disease. These results indicate that resistance to leaf blight is due mainly to tropical germplasm, observed in greater quantity in the population 561, of about 87.5%.