Para várias espécies vegetais, testes como o de germinação não tem seus procedimentos descritos nas Regras para Análise de Sementes (RAS) utilizadas no Brasil pela falta de padronização e validação metodológica. Dentre elas, o nabo forrageiro, que tem sido considerada uma cultura promissora para a produção de biodiesel, tem sua germinação avaliada por metodologia recomendado para a espécie Raphanus sativus , mas tem especificidade de variedade (var oleiferus) com características de plantas e sementes, que diferem das demais variedades da espécie. Para assegurar a padronização de metodologias para o comércio internacional de sementes é necessário estabelecer critérios para validação de metodologia, cuja descrição deve ser clara e completa com procedimentos que propiciem exatidão, robustez, precisão (reprodutibilidade e repetibilidade). O objetivo neste estudo foi avaliar o processo de validação de duas metodologias para o teste de germinação em sementes de nabo forrageiro, utilizando para as análises estatísticas o procedimento padrão da ISTA, bem como técnicas complementares. Os testes de germinação foram realizados em oito laboratórios com cinco lotes, utilizando substrato areia e papel em temperatura alternada 20-30 ºC. As técnicas estatísticas foram utilizadas para: verificar a homogeneidade dos lotes (teste H), identificar a presença de valores discrepantes (método de Hampel) e outliers nas variâncias (teste de Levene para média); avaliar os efeitos de laboratórios e lotes (Análise de Variância); verificar a repetibilidade, reprodutibilidade, exatidão e robustez (limites críticos de repetibilidade, reprodutibilidade, estatísticas h e k de Mandel), comparar as diferentes metodologias de germinação (testes F) e reavaliar o nível de qualidade dos lotes (Análise Discriminante). Tanto no aspecto estatístico, como fitotécnico, as metodologias para o teste de germinação em sementes de nabo forrageiro com a utilização do substrato areia e papel, temperatura alternada 20-30 ºC podem ser considerados validadas, pois apresentam exatidão, robustez e precisão adequadas.
For several vegetable species, there is no procedure in the Rules for Seed Testing used in Brazil for tests such as germination, due to lack of standardization and methodological validation. Among these species is oil radish, a promising crop for bio-diesel production, whose germination is assessed by the methodology recommended for Raphanus sativus, although it has varietal specificity (var. oleiferus) with plant and seed characteristics that differ from other varieties of the species. To ensure standardization of methodologies for the international seed trade, The International Seed Testing Association (ISTA), establishes criteria for methodology validation, whose description should be clear and complete with procedures that should be accurate, robust and precise (reproducibility and repeatability). In this the study aims was to evaluate the validation process of two methodologies for the germination test in oil radish seeds, using the ISTA standard procedure, as well as complementary techniques, for statistical analyses. Germination tests were done in eight laboratories with five lots, using sand and paper substrates with alternating temperatures of 20-30 ºC. Statistical techniques were used to verify the homogeneity of lots (H test), identify the presence of discrepant values (Hampel method) and outliers in variances (Levene's test for average); assess the effects of laboratories and lots (analysis of Variance); verify repeatability, reproducibility, accuracy and robustness (critical limits of repeatability, reproducibility, Mandel's h and k statistics); compare different germination methods (F tests); and reevaluate the quality level of lots (Discrimination Analysis). Both in statistical and phytotechnical aspects, the methodologies for the germination test in oil radish seeds with sand and paper substrates and alternating temperatures of 20-30 ºC can be consider validated, as they demonstrated accuracy, robustness, repeatability and reproducibility.