A indução de imunidade no homem contra a leishmaniose cutânea tem sido estudada por vários pesquisadores usando uma grande variedade de preparações antigênicas, como: promastigotas vivas ou atenuadas, extratos de promastigotas, antígenos parcialmente purificados e proteínas puras. Neste trabalho foram isoladas 11 proteínas de L. (L.) amazonensis com pesos moleculares variando de 13.5 a 97 kDa por eletroforese em gel de poliacrilamida e por eletroeluição. Estas proteínas foram combinadas em diferentes preparações vacinais com gp63 e BCG. As vacinas foram avaliadas in vitro quanto à capacidade de estimular linfócitos de pessoas vacinadas com Leishvacin<FONT FACE="Symbol">â</font> a produzirem IFN-<FONT FACE="Symbol">g</font> e a estimularem a proliferação de linfócitos de camundongos vacinados. Assim, camundongos C57BL/10 foram vacinados em intervalos de 15 dias com três doses de cada vacina contendo 30 <FONT FACE="Symbol">m</font>g de cada proteína. 100 <FONT FACE="Symbol">m</font>g de BCG foram usados somente na primeira dose. Sete dias após a última dose os animais receberam a primeira infecção desafiado com 105 promastigotas infectantes e um segundo desafio foi administrado 143 dias após, com o mesmo número de parasitas. Sessenta dias após o segundo desafio, proteções de 42,86% foram obtidas com as vacinas constituídas de gp63+46+22kDa, gp63+13.5+25+42kDa, gp63+46+42kDa, gp63+66kDa e gp63+97kDa; 57,14% de proteção foi obtido com a vacina gp63+46+97kDa, gp63+46+97+13.5kDa, gp63+46+33kDa, e 71,43% com a vacina constituída de gp63 mais todas as proteínas. Em contraste, a vacina gp63+46+33kDa não induziu proteção nos camundongos vacinados, indicando que possivelmente a proteína de 40kDa induziu a uma atividade imunossupressora da resposta imunoprotetora. Estes resultados sugerem que uma futura vacina contra a leishmaniose cutânea deverá conter, excluindo-se a proteína de 40kDa, um coquetel de proteínas imunogênicas indutoras de proteção de camundongos contra a leishmaniose cutânea.
In the past few years, induction of protective immunity to cutaneous leishmaniasis has been attempted by many researchers using a variety of antigenic preparations, such as living promastigotes or promastigote extracts, partially purified, or defined proteins. In this study, eleven proteins from Leishmania (Leishmania) amazonensis (LLa) with estimated molecular mass ranging from 97 to 13.5kDa were isolated by polyacrylamide gel electrophoresis and electro-elution. The proteins were associated as vaccine in different preparations with gp63 and BCG (Bacilli Calmette-Guérin). The antigenicity of these vaccines was measured by their ability to induce the production of IFN-<FONT FACE="Symbol">g</font> by lymphocyte from subjects vaccinated with Leishvacin<FONT FACE="Symbol">â</font> . The immunogenicity was evaluated in vaccinated mice. C57BL/10 mice were vaccinated with three doses of each vaccine consisting of 30 <FONT FACE="Symbol">m</font>g of each protein at 15 days interval. One hundred <FONT FACE="Symbol">m</font>g of live BCG was only used in the first dose. Seven days after the last dose, they received a first challenge infection with 105 infective promastigotes and four months later, a second challenge was done. Two months after the second challenge, 42.86% of protection was obtained in the group of mice vaccinated with association of proteins of gp63+46+22kDa, gp63+13.5+25+42kDa, gp63+46+42kDa, gp63+66kDa, and gp63+97kDa; 57.14% of protection was demonstrated with gp63+46+97+13.5kDa, gp63+46+97kDa, gp63+46+33kDa, and 71.43% protection for gp63 plus all proteins. The vaccine of gp63+46+40kDa that did not protect the mice, despite the good specific stimulation of lymphocytes (LSI = 7.60) and 10.77UI/ml of IFN-<FONT FACE="Symbol">g</font> production. When crude extract of L. (L.) amazonensis was used with BCG a 57.14% of protection was found after the first challenge and 28.57% after the second, the same result was observed for gp63. The data obtained with the vaccines can suggest that the future vaccine probably have to contain, except the 40kDa, a cocktail of proteins that would protect mice against cutaneous leishmaniasis.