Resumo Este artigo investigou a integração organizacional de refugiados a partir da experiência de gestores de empresas na cidade de São Paulo, Brasil. Foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa básica, com base em pressupostos do paradigma interpretativo, e os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada aplicada a cinco gestores responsáveis pela gestão de refugiados em seus locais de trabalho. Os dados das entrevistas foram submetidos à análise qualitativa de conteúdo. Os resultados mostraram potenciais benefícios de integração, como compartilhamento de experiências, novos talentos, gratidão, engajamento, melhorias na reputação da empresa, produtividade, criatividade e desenvolvimento organizacional a partir da inclusão de novas linguagens. No entanto, fatores como língua, revalidação de diploma, limitação de habilidades e baixa escolaridade foram vistos como obstáculos a uma integração eficiente. A pesquisa também constatou que os empregadores são altamente dependentes da assistência voluntária de organizações para a contratação e integração de refugiados, o que indica que, sem a presença desses mediadores, as possibilidades de recrutamento da força de trabalho dos refugiados podem ser afetadas. O estudo contribui para ampliar a discussão sobre a integração organizacional de refugiados, tema ainda pouco explorado no campo da Administração. Pretende também despertar nos gestores uma visão mais sensível sobre as pessoas em situação de refúgio e como sua integração efetiva pode impactar seus negócios e indivíduos.
Abstract This article investigated the organizational integration of refugees from the experience of company managers in the city of São Paulo, Brazil. A basic qualitative research was developed, based on interpretative paradigm assumptions, and the data were collected through a semi-structured interview applied to five managers in charge of refugees in their workplace. The interviews data underwent qualitative content analysis. The results showed potential integration benefits, such as experience sharing, new talents, gratitude, engagement, improvements in the company’s reputation, productivity, creativity, and organizational development from the inclusion of new languages. However, factors such as language, diploma revalidation, skill limitation, and low schooling levels were seen as obstacles to efficient integration. The research also found that employers are highly dependent on voluntary assistance from organizations for hiring and integrating refugees, which indicates that, without the presence of these mediators, the possibilities of recruiting the refugee workforce may be affected. The study contributes to broadening the discussion on the organizational integration of refugees, a topic that is still little explored in the field of administration. It also intends to awaken in managers a more sensitive view about people in a situation of refuge and how their effective integration can impact their businesses and individuals.
Resumen Este artículo investigó la integración organizacional de refugiados a partir de la experiencia de gerentes de empresas de la ciudad de São Paulo, Brasil. Para ello, se desarrolló una investigación cualitativa básica, basada en supuestos del paradigma interpretativo, y los datos se recolectaron a través de entrevistas semiestructuradas aplicadas a cinco gerentes responsables de la gestión de refugiados en sus lugares de trabajo. Los datos de las entrevistas se sometieron a un análisis cualitativo de contenido. Los resultados mostraron potenciales beneficios de integración, como compartir experiencias, nuevos talentos, gratitud, compromiso, mejoras en la reputación de la empresa, productividad, creatividad y desarrollo organizacional a través de la inclusión de nuevos lenguajes. Sin embargo, factores como el idioma, la revalidación del diploma, las habilidades limitadas y la baja escolaridad se consideraron obstáculos para una integración eficiente. La encuesta también constató que los empleadores dependen en gran medida de la asistencia voluntaria de organizaciones para contratar e integrar a los refugiados, lo que indica que, sin la presencia de estos mediadores, las posibilidades de reclutar la fuerza laboral refugiada pueden verse afectadas. El estudio contribuye a ampliar la discusión sobre la integración organizativa de los refugiados, un tema aún poco explorado en el campo de la Administración. También pretende despertar en los gestores una visión más sensible de las personas en situación de refugio y de cómo su integración efectiva puede impactar positivamente en sus negocios e individuos.