Resumo Realizou-se uma pesquisa bibliográfica exaustiva sobre epidemiologia, vigilância epidemiológica e estratégias de controle da variante da raiva 4 transmitida por morcegos insetívoros. Da mesma forma, como estudo de caso, foi realizado um estudo retrospectivo de morcegos insetívoros capturados por vigilância passiva e analisados para determinar a presença do vírus da raiva na província de Rio Negro, Argentina. O objetivo foi atualizar as informações sobre a epidemiologia da variante da raiva 4 e analisar a eficácia das medidas de controle habitualmente recomendadas pelos serviços de saúde. A revisão realizada mostra na América do Sul apenas 5 notificações correspondentes a caninos e felinos entre 2009 e 2019 e em relação as pessoas, foram notificados três casos: no Chile em 1963 e 2013 e um na Colômbia em 2012. A identificação de morcegos insetívoros portadores da raiva varia de 4% a 15%. Por sua vez, o serviço de saúde pública veterinária do Ministério da Saúde de Rio Negro coletou morcegos insetívoros em atividades de vigilância passiva. Os morcegos foram encaminhados ao Laboratório do Instituto Luis Pasteur da cidade de Buenos Aires para identificação do vírus da raiva. Um total de 294 morcegos insetívoros foram analisados em 26 locais. A proporção de infetados foi de 14,6% (IC 95% 9,5-17,8), embora não tenha havido casos em cães, gatos ou pessoas. Os morcegos insetívoros podem ser um fator de risco para caninos, felinos e seres humanos, embora as notificações de casos da variante 4 nessas espécies sejam extremamente baixas na América do Sul, então se requer uma avaliação da estratégia de controle recomendada e aplicada até o momento por não ser custo-efetiva e envolver custos operacionais crescentes em recursos financeiros e humanos, propondo alternativas de controle de risco mais eficientes.
Resumen Se efectuó una búsqueda bibliográfica exhaustiva sobre epidemiologia, vigilancia epidemiológica y estrategias de control de Rabia variante 4 transmitida por murciélagos insectívoros. Asimismo, como estudio de caso se efectuó un estudio retrospectivo de murciélagos insectívoros capturados por vigilancia pasiva y analizados para determinar presencia de virus rábico en la Provincia de Río Negro, Argentina. El objetivo fue actualizar la información sobre la epidemiologia de la rabia variante 4 y analizar la eficacia de las medidas de control habitualmente recomendadas por los servicios de salud. La revisión efectuada muestra en Sudamérica solo 5 notificaciones correspondientes a caninos y felinos entre 2009 y 2019 y en relación a las personas, se reportaron tres casos: en Chile en 1963 y 2013 y uno en Colombia en 2012. La identificación de murciélagos insectívoros portadores de rabia varia del del 4% al 15%. Por su parte, el servicio de salud pública veterinaria del Ministerio de Salud de Rio Negro recogió murciélagos insectívoros a partir de actividades de vigilancia pasiva. Los murciélagos fueron remitidos al Laboratorio del Instituto Luis Pasteur de la ciudad de Buenos Aires para identificación de virus rábico. Se analizaron un total de 294 quirópteros insectívoros en 26 localidades. La proporción de infectados fue del 14,6% (IC95% 9,5-17,8) aunque sin casos en perros, gatos o personas. Los murciélagos insectívoros pueden ser un factor de riesgo para caninos, felinos y seres humanos, aunque las notificaciones de casos a variante 4 en estas especies es extremadamente bajo en América del Sur por lo que parece requerirse una evaluación de la estrategia de control recomendada y aplicada hasta el momento por no ser costo - efectiva, e implicar crecientes costos operativos en recursos financieros y humanos, proponiéndose alternativas más eficientes de control de riesgos.
Abstract An exhaustive bibliographic search was carried out on epidemiology, surveillance and control strategies for Rabies variant 4 transmitted by insectivorous bats. Likewise, as a case study, a retrospective study of insectivorous bats captured by passive surveillance and analyzed to determine the presence of rabies virus was carried out in the Province of Río Negro, Argentina. The objective was to update the information on the epidemiology of rabies variant 4 and to analyze the effectiveness of the control measures usually recommended by health services. The review carried out shows only 5 notifications in South America corresponding to canines and felines between 2009 and 2019 and with regard to people, three cases were reported: in Chile in 1963 and 2013 and in Colombia in 2012. The identification of insectivorous bats carrying rabies ranges from 4% to 15%. For its part, the veterinary public health service of the Health Ministry of Rio Negro collected insectivorous bats from passive surveillance activities. The bats were sent to the Laboratory of the Luis Pasteur Institute in the city of Buenos Aires for identification of rabies virus. A total of 294 insectivorous bats were analyzed in 26 locations. The proportion of the infected ones was 14.6% (95% CI 9.5-17.8) although there were no cases in dogs, cats or people. Insectivorous bats can be a risk factor for canines, felines, and humans, although notifications of variant 4 cases in these species are extremely low in South America, so an evaluation of the recommended and applied control strategy seems to be required, so far, as it is not cost-effective, and involves increasing operating costs in financial and human resources, proposing more efficient risk control alternatives.