RESUMO Objetivo Avaliar se a área de graduação influencia nos aspectos de saúde bucal avaliados. Métodos Estudo transversal com amostra probabilística de 681 estudantes do 2º período de uma Instituição de Ensino Superior foi alocada nos grupos Saúde (S; n=347) e Não Saúde (NS; n=334) e respondeu questionário englobando perfil sociodemográfico e aspectos de saúde bucal. Os dados foram analisados pelos Testes Qui-quadrado/Exato de Fisher (α=5%). Resultados A maioria dos estudantes era de sexo feminino (S=70,0%; NS=56,9%; p=0,0004), solteiro (S=82,7%; NS=76,0%; p=0,0429) e não trabalha (S=30,5%; NS=37,7%; p=0,0482). Os grupos diferiram quanto a ter recebido orientações sobre saúde bucal pela mídia (S=19,9%; NS=13,8%; p=0,0333) ou por outros profissionais da saúde (S=25,6%; NS=13,2%; p<0,0001). Quanto aos motivos para a última consulta odontológica, prevaleceu para o grupo S “tratamento” (42,9%) e “dor” (6,9%) enquanto para o grupo NS “revisão, prevenção ou check-up” (41,9%) e “extração” (8,1%) (p=0,0169). O grupo S mostrou-se mais satisfeito em relação à saúde bucal, com menor frequência de relatos sobre autopercepção de mau hálito (S=30,3%; NS=38,3%; p=0,0483). Não houve associação da autopercepção e impactos em saúde bucal (p>0,05). Conclusão Os grupos diferiram quanto à fonte de informações sobre saúde bucal, razão da busca e tipo de tratamento, e autopercepção de mau hálito, com o grupo Saúde referindo maior satisfação com sua saúde bucal.
ABSTRACT Objetive To evaluate whether the area of study of undergraduate students influences oral health knowledge, attitudes and practices, in addition to the use of dental services, self-reported oral morbidity, self-perception and impacts of oral health. Methods A cross-sectional study was performed, with a probabilistic sample of 681 students from the second semester of a Higher Education Institution, who were allocated into Health (H; n = 347) and Non-Health (NH; n = 334) groups, and answered a questionnaire encompassing their sociodemographic profile and aspects of oral health. Data were analyzed by Fisher’s Chi-Square/Exact Test (α = 5%). Results The majority of students were female (H = 70.0%, NH = 56.9%, p = 0.0004), single (H = 82.7%, NH = 76.0%, p = 0.0429) and did not work (H = 30.5%, NH = 37.7%, p = 0.0482). The groups differed in terms of receiving oral health guidelines from the media (H = 19.9%, NH = 13.8%, p = 0.0333) or from other health professionals (H = 25.6%, NH = 13.2%, p <0.0001). Regarding the reasons for their most recent dental appointment, in the Health group “treatment” (42.9%) and “pain” (6.9%) prevailed, while for the Non-Health group “review, prevention or check-up” (41, 9%) and “extraction” (8.1%) (p = 0.0169) were the most prevalent. The Health group was more satisfied with their oral health, with less frequent reports of a self-perception of bad breath (H = 30.3%, NH = 38.3%, p = 0.0483). There was no association between self-perception and impacts on oral health (p> 0.05). Conclusions The groups differed regarding the source of information on oral health, the reason for seeking and type of treatment, and the self-perception of bad breath, with the Health group reporting greater satisfaction with their oral health.