RESUMO Objetivo: Os autores realizaram um levantamento sobre a prevalência da ambliopia no Instituto de Olhos de Goiânia, centro oftalmológico de referência no Centro-Oeste. Métodos: O estudo abrangeu 6363 pacientes, sem restrições quanto ao fator idade e baseou-se na discriminação das diversas etiologias responsáveis pela baixa acuidade visual encontrada. Resultados: Os resultados mostraram uma prevalência de 2,9 % de pacientes amblíopes e apontaram as causas refracionais como principais agentes na gênese da ambliopia (64,3%), seguidas pelo estrabismo (31,9%) e, finalmente, pelas patologias que levam à privação luminosa no início do desenvolvimento do sistema visual - ambliopia "ex-anopsia" (3,7 %). Conclusões: Esse trabalho mostra, de modo incontestável, a relevante posição ocupada pela ambliopia dentre as causas que comprometem o desempenho tanto social quanto econômico da população brasileira, mostrando o número considerável de casos amblíopes que já fazem parte da faixa etária compreendida entre a 2" e 4" décadas de vida. Ressalta, ainda, a necessidades de amplos programas de triagem da acuidade visual da população infantil, promovendo a prevenção da ambliopia também fora dos consultórios oftalmológicos.
SUMMARY Purpose: The authors present a survey of the prevalence of amblyopia at the Instituto de Olhos de Goiânia (IOG), an important ophthalmological center in West Central Brasil. Methods: The study included 6363 patients, with no age restriction and was based on the discrimination of etiologies that are responsible for the observed low visual acuity. Results: The results showed a prevalence of 2.9%c of amblyopes and indicated refrational causes as the most important in originated amblyopia (64.3%), followed by squint (31.9%c) and, finally, by pathologies that lead to light privation at the beginning of visual system development-amblyopia "ex-anopsia" (3. 7%). Conclusions: This study emphasizes, in an incontestable way, the relevant position occupied by amblyopia among the causes that affect both social and economic performance of Brazilians, showing the considerable number of amblyopes already between the ages of 20 to 40. It also shows the need for large programs to evaluate children's visual acuity, promoting amblyopia prevention, not only inside but outside ophthalmology offices too.