RESUMO O objetivo deste trabalho é analisar a influência da escolaridade na distribuição da renda entre os empregados dos setores público e privado na economia brasileira nos anos 2001 e 2013. A metodologia utilizada foi a decomposição do Índice de Gini, tanto por fontes de renda como por grupamentos de atividades de trabalho. Foi utilizado o software Stata como instrumento para o processamento dos microdados disponibilizados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD/IBGE. Verificou-se que, entre 2001 e 2013, houve uma redução da desigualdade da distribuição de renda da economia e o Índice de Gini caiu de 0,571 para 0,506, ocorrendo um aumento na razão de concentração no rendimento do funcionalismo público, que é uma parcela regressiva e houve uma diminuição na razão de concentração do rendimento dos empregados do setor privado, que é uma parcela de renda progressiva. Detectou-se, também, que as mulheres têm mais anos de estudos do que os homens, em média 1,3 anos a mais. Porém, o rendimento médio feminino é 22,0% inferior em relação ao rendimento médio masculino; esta diferença era mais acentuada em 2001, tanto nos anos de estudo como no rendimento.
ABSTRACT The objective of this study is to analyze the influence of education on income distribution among employees in the public and private sectors in the Brazilian economy in 2001 and 2013. The methodology used is the decomposition of the Gini Index, both sources of income as by groups of work activities. We use the Stata software as a tool for processing the micro data released by the National Sample Survey of Households - PNAD / IBGE. It appears that between 2001 and 2013 there was a reduction in inequality of income distribution in the economy, the Gini index fell from 0.571 to 0.506. An increase in the concentration ratio in the civil service revenue, which is a regressive parcel; and there was a decrease in the concentration ratio of the income of employees in the private sector, which is a portion of progressive income. It is detected, too, that women have more years of schooling than men, on average 1.3 years longer. However, women's average income is 22.0% lower than the average male income; this difference was more pronounced in 2001, both years of study as in revenue.