Objective: To evaluate the temporal trend and spatial distribution of gestational and congenital syphilis in the State of Espírito Santo from 2010 to 2019. Materials and methods: This is an ecological time series study with data on gestational and congenital syphilis obtained from the National System of Diseases and Notifications (SINAN) and live births in the Information System on Live Births (SINASC). Incidence rates of gestational and congenital syphilis were calculated, which were grouped according to the IBGE health macro-regions and analyzed in biennia. Results: 9,763 cases of gestational syphilis and 3,912 cases of congenital syphilis were reported. Gestational syphilis rates ranged from 1.46 in 2013 to 31.49 cases per 1,000 live births in 2018, congenital syphilis rates ranged from 0.12 in 2010 to 11.51 cases per 1,000 live births in 2017. The South region had the lowest incidence rates (2.32 cases/1,000 live births for gestational syphilis and 0.54/1,000 live births for congenital syphilis) and the Metropolitan region the highest (37.08 cases/1,000 live births for gestational syphilis and 13.74/1,000 live births for congenital syphilis). Conclusion: The increase in cases of the disease suggests a deficiency in the quality of prenatal care.
Objetivo: Avaliar a tendência temporal e a distribuição espacial da sífilis gestacional e congênita no Estado do Espírito Santo de 2010 a 2019. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo ecológico de série temporal com dados sobre sífilis gestacional e congênita obtidos do Sistema Nacional de Agravos e Notificações (SINAN) e de nascidos vivos no Sistema de Informação sobre os Nascidos Vivos (SINASC). Foram calculadas taxas de incidência de sífilis gestacional e congênita, que foram agrupadas conforme as macrorregiões de saúde do IBGE e analisadas em biênios. Resultados: Foram notificados 9.763 casos de sífilis gestacional e 3.912 casos de sífilis congênita. As taxas de sífilis gestacional variaram de 1,46 em 2013 a 31,49 casos por 1.000 nascidos vivos em 2018, as taxas de sífilis congênita, por sua vez, variaram de 0,12 em 2010 a 11,51 casos por 1.000 nascidos vivos em 2017. Quanto às macrorregiões, a região Sul apresentou as menores taxas de incidência (2,32 casos/1.000 nascidos vivos para sífilis gestacional e 0,54/1.000 nascidos vivos para sífilis congênita) e a região Metropolitana as maiores (37,08 casos/1.000 nascidos vivos para sífilis gestacional e 13,74/1.000 nascidos vivos para sífilis congênita). Conclusão: O aumento dos casos da doença sugere deficiência na qualidade do pré-natal.