Resumo OBJETIVO: analisar a tendência da incidência de dengue no Brasil, no período de 2002 a 2012. MÉTODOS: estudo ecológico com dados do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (Sinan); a taxa de incidência de dengue foi calculada segundo grupos etários, unidades da federação (UF) e grandes regiões do país, utilizando-se a regressão de Prais-Winsten. RESULTADOS: as taxas de incidência de dengue no Brasil, em 2002 e 2012, foram de 401,6 e 301,5 por 100 mil habitantes, respectivamente; as taxas de incremento anual revelaram-se estáveis (21,4%; IC95% -19,8;83,7) na maioria das UF, à exceção de Alagoas (38,9%; IC95% 5,1;83,5) e Tocantins (50,4%; IC95% 12,6;100,7); a região Norte foi a única a apresentar tendência de crescimento da incidência de dengue. CONCLUSÃO: embora as taxas tenham permanecido estáveis na maioria das UF, ainda são altas no país; políticas mais amplas com foco em novas estratégias de combate à dengue mostram-se necessárias.
Abstract OBJECTIVE: to analyze dengue incidence trend in Brazil from 2002 to 2012. METHODS: this was an ecological study with data of the Information System for Notifiable Diseases (Sinan); the incidence rate was calculated by age groups, states and macroregions, through Prais-Winsten regression. RESULTS: dengue incidence rates in Brazil, in 2002 and 2012, were of 401.6 and 301.5 per 100,000 inhabitants, respectively; annual increment rates were stable (21.4%; 95%CI -19.8;83.7) in most of the states, except for Alagoas (38.9%; 95%CI 5.1;83.5) and Tocantins (50.4%; 95%CI 12.6;100.7); the North Region was the only region to present increase trend in the incidence of dengue. CONCLUSION: although rates have remained stable in most of the states, they are still high in Brazil; broader public policies focusing on new dengue control strategies are necessary.
Resumen OBJETIVO: describir la tendencia de la incidencia de dengue en Brasil, de 2002 a 2012. MÉTODOS: estudio ecológico con datos del Sistema de Información de Enfermedades y Notificación; la tasa de incidencia del dengue se calculó según, edad, unidades de la federación (UF) y regiones; Regresión Prais-Winsten fue utilizada. RESULTADOS: las tasas de incidencia de dengue en Brasil fueron 401,6 y 301,5 por 100 mil habitantes, respectivamente; tasas de crecimiento anual se mantuvieron estables en el país (21,4% - IC95% -19,8;83,7) y la mayor parte de la UF, con la excepción de Alagoas (38,9% - IC95% 5,1;83,5) y Tocantins (50,4% - IC95% 12,6;100,7); la Región Norte fue la única a presentar tendencia al alza en la incidencia del dengue. CONCLUSIÓN: aunque las tasas se han mantenido estables la mayoría de las UF, siguen siendo altas en Brasil; políticas públicas más amplias parecen ser necesarias, centrándose principalmente en las nuevas estrategias de control del dengue.