RESUMO. A observação de ação (OA) teve benefícios comprovados em diversas condições neurológicas, mas nenhum estudo foi conduzido anteriormente em Hidrocefalia de Pressão Normal idiopática (HPNi). Objetivo: O presente estudo teve como objetivo investigar a viabilidade da OA em pacientes com HPNi. Métodos: Um projeto de pré-teste e pós-teste de grupo único foi realizado em 27 pacientes com HPNi. Parâmetros de marcha e mobilidade foram avaliados por meio de parâmetros 2D para a medida da marcha com o teste timed up and go (TUG) com duas tentativas antes e imediatamente depois do OA. Os resultados incluíram comprimento e tempo do passo, comprimento e tempo da passada, cadência, velocidade da marcha, tempo para sentar-e-levantar, tempo de caminhada de 3 metros, tempo de virada e passo, e tempo do teste (TUG). Além disso, o comprimento do passo inicial e o tempo da etapa inicial foram medidos. A OA consistia em assistir 7,5 minutos de vídeos de marcha demonstrados por um idoso saudável. Os parâmetros foram medidos duas vezes para a linha de base para determinar a reprodutibilidade usando o coeficiente de correlação intraclasse (CCI3,1). Os dados entre antes e depois da aplicação imediata de OA foram comparados com o teste t pareado. Resultados: Todos os resultados mostraram confiabilidade teste-reteste moderada a excelente (CCI3,1=0,51 0,99, p<0,05), exceto para o tempo do passo (CCI3,1=0,19, p=0,302), que apresentou confiabilidade pobre. Houve melhorias significativas (p<0,05) no tempo do passo, tempo do passo inicial, velocidade da marcha, tempo sentar-e-levantar e tempo de virar após a aplicação de OA. Os demais resultados não mostraram nenhuma mudança significativa. Conclusões: Uma única sessão de aplicação de OA é viável para proporcionar benefícios aos parâmetros de marcha e mobilidade. Os terapeutas podem modificar esse método no programa de treinamento para obter desempenho de marcha e mobilidade para pacientes com HPNi.
ABSTRACT. Action observation (AO) has been proved to be of benefit in several neurological conditions, but no study has previously been conducted in idiopathic normal pressure hydrocephalus (iNPH). Objective: This study aimed to investigate the feasibility of AO in iNPH patients. Methods: A single-group pretest-posttest design was conducted in twenty-seven iNPH patients. Gait and mobility parameters were assessed using the 2D gait measurement in the timed up and go (TUG) test for two trials before and after immediate AO training. The outcomes included step length and time, stride length and time, cadence, gait speed, sit-to-stand time, 3-m walking time, turning time and step, and TUG. In addition, early step length and time were measured. AO consisted of 7.5 min of watching gait videos demonstrated by a healthy older person. Parameters were measured twice for the baseline to determine reproducibility using the intraclass correlation coefficient (ICC3,1). Data between before and after immediately applying AO were compared using the paired t-test. Results: All outcomes showed moderate to excellent test-retest reliability (ICC3,1=0.51 0.99, p<0.05), except for the step time (ICC3,1=0.19, p=0.302), which showed poor reliability. There were significant improvements (p<0.05) in step time, early step time, gait speed, sit-to-stand time, and turning time after applying AO. Yet, the rest of the outcomes showed no significant change. Conclusions: A single session of AO is feasible to provide benefits for gait and mobility parameters. Therapists may modify this method in the training program to improve gait and mobility performances for iNPH patients.