Resumo A atual crise civilizacional que estamos enfrentando levanta desafios aos cuidados dos bens comuns, entre eles a água ocupa um lugar muito especial. Nesse contexto, é essencial refletir sobre ele de outras margens, nas quais visíveis diferentes abordagens epistêmicas e ontológicas são visíveis que resistem ao determinismo do capitalismo neoliberal, à monocultura da ciência eurocêntrica moderna e à dominação antropocéntrica-patriarcal da natureza. Com esse objetivo, partindo da ecologia política latino-americana, este trabalho realiza, primeiramente, uma revisão crítica das abordagens hegemônicas da água. Em seguida, duas propostas descoloniais são apresentadas em relação aos bens comuns, principalmente a água: comunalidade e envolvimentos comunitários. Finalmente, o escopo dessas propostas é discutido como alternativa à crise civilizatória e sua contribuição para a compreensão da água sob uma perspectiva descolonial, relacional e ecológica.
Abstract The current civilizational crisis raises challenges on the care of the commons, among them water occupies a crucial place. In this context it is essential to rethink water, from other epistemic and ontological approaches, that resist the determinism of neoliberal capitalism, the monoculture of modern eurocentric science and the anthropocentric-patriarchal domination of nature. Departing from Latin American political ecology, in first place, we carry out a critical review of hegemonic approaches to water. Then, we present two decolonial proposals for relating with the commons, in particular with water: communality, and community entanglements. Finally, the scope of these proposals is discussed as alternatives to the civilizational crisis, and their contribution to the understanding of water, from a decolonial, relational and ecological perspective.
Resumen La actual crisis civilizatoria que vivimos plantea retos sobre el cuidado de los comunes, entre ellos el agua ocupa un lugar crucial. En este contexto, se hace indispensable reflexionar sobre ella desde otras orillas, en las que sean visibles distintas aproximaciones epistémicas y ontológicas que resistan el determinismo del capitalismo neoliberal, la monocultura de la ciencia moderna eurocéntrica y la dominación antropocéntrica-patriarcal de la naturaleza. Con este propósito, partiendo de la ecología política latinoamericana, este trabajo realiza en primer lugar, una revisión crítica de los enfoques hegemónicos del agua. Luego se presentan dos propuestas decoloniales de relación con los comunes, en particular con el agua: la comunalidad y los entramados comunitarios. Finalmente, se discute el alcance de estas propuestas como alternativas a la crisis civilizatoria, y su aporte a la comprensión del agua desde una perspectiva decolonial, relacional y ecológica.