OBJETIVO: O objetivo do estudo foi verificar a freqüência de sucesso e de complicações da punção percutânea da veia subclávia em crianças e adolescentes e identificar os fatores associados. MÉTODOS: Estudou-se uma série de 204 punções percutâneas da veia subclávia, utilizando cateter de cloreto de polivinil (Intracath®) em crianças e adolescentes no Instituto Materno-Infantil Professor Fernando Figueira no período de 01/12/2003 a 30/04/2004. Foram analisadas variáveis relacionadas ao paciente, como idade, e relacionadas ao procedimento, como sucesso, tipo de anestesia, complicações, quem realizou e número de tentativas de punção. RESULTADOS: Houve sucesso em 89,2% das punções. O percentual de sucesso foi significantemente maior nas punções realizadas com a criança sob narcose (94%). Cerca de 43,2% das punções evoluíram com complicações relacionadas à inserção do cateter; no entanto, complicações de maior gravidade ocorreram em apenas 3,5% dos casos. Houve um maior número de complicações nas punções realizadas pelo residente do primeiro ano (58,8%), sendo que este realizou um percentual de procedimentos significativamente maior em crianças menores de 1 ano e com a realização de um maior número de tentativas no mesmo paciente. CONCLUSÕES: A realização do procedimento com o paciente sob narcose mostrou aumentar a chance de sucesso. Há maior chance de complicações relacionadas à inserção do cateter em punções de veia subclávia realizadas por médicos menos experientes, sendo prudente selecionar as punções em situações de maior risco para cirurgiões com maior experiência no procedimento.
OBJECTIVE: The objective of this study was to investigate the rates of success and of complications of percutaneous subclavian central venous catheterization in children and adolescents and to identify factors associated with them. METHODS: This was a study of a series of 204 percutaneous subclavian central venous catheterizations of children and adolescents, using polyvinyl chloride catheters (Intracath®), at the Instituto Materno-Infantil Professor Fernando Figueira between December 1, 2003 and April 30, 2004. An analysis was performed of variables related to the patient, such as age, and of variables related to the procedure such as success/failure, type of anesthesia, complications, who performed the procedure and the number of attempts needed. RESULTS: Overall, 89.2% of catheterizations were successful. Percentage success rates were significantly greater when percutaneous subclavian central venous catheterization was performed with the child sedated (94%). Around 43.2% of subclavian catheterizations progressed with complications related to insertion of the catheter; however, complications of greater severity were observed in just 3.5% of cases. There were a greater number of complications related to percutaneous subclavian central venous catheterizations performed by a first-year resident (58.8%), who performed a significantly greater percentage of procedures on children younger than 1 year and who also made a greater number of attempts per patient. CONCLUSIONS: The chance of success was greater when patients were sedated for catheterization. There was a greater chance of complications related to insertion of the catheter when percutaneous subclavian central venous catheterization was performed by less experienced physicians, and it would be prudent to designate those central venous catheterizations that present greater risk to surgeons with greater experience in the experience.