CONTEXTUALIZAÇÃO: A avaliação da capacidade funcional em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) tem sido realizada por métodos simples, de fácil aplicação e que mimetizam as atividades cotidianas, como o teste step Chester (TChester).OBJETIVOS: Investigar se o TChester é capaz de diferenciar a capacidade funcional e a magnitude da resposta cardiorrespiratória de pacientes com DPOC e de indivíduos saudáveis e comparar com a resposta cardiorrespiratória induzida pelos testes de caminhada de seis minutos (TC6min) e Shuttle (TShuttle).MÉTODO: Participaram dez pacientes com DPOC (64±10 anos, volume expiratório forçado no primeiro segundo - VEF1de 38,1±11,8% do predito) e dez saudáveis (63±7 anos, IMC de 24,5±3,1 e VEF1de 95,8±18,0% do predito) que realizaram avaliação da função pulmonar, estado e capacidade funcional.RESULTADOS: O grupo DPOC obteve pior desempenho nos três testes, quando comparado ao controle (TChester 2,1±0,9 vs 4,1±1,1 níveis completos; TC6min: 435±105,1 vs 593±87,3 m; TShuttle 251±84,6 vs 436±55,4 m; p<0,05). O TChester correlacionou-se com o TShuttle e com o TC6min (r=0,67 e 0,83, respectivamente; p<0,05). Não se observaram diferenças na frequência cardíaca (FC) e dispneia nos níveis do TChester entre os grupos (p>0,05). A SpO2 apresentou-se mais reduzida no grupo DPOC já no primeiro nível do TChester (p<0,05).CONCLUSÃO: O TChester é válido na avaliação da capacidade funcional de pacientes com DPOC, sendo capaz de diferenciá-los de indivíduos saudáveis, induzindo similar demanda cardiovascular e maior dessaturação nos pacientes com DPOC.
BACKGROUND: the assessment of functional capacity in patients with chronic obstructive pulmonary disease (COPD) has been performed by simple and easy to apply methods that mimic everyday activities, such as the Chester step test (TChester).OBJECTIVES: to investigate whether TChester is able to differentiate functional capacity and the magnitude of cardiorespiratory response of patients with COPD from healthy subjects; and to compare it with the cardiorespiratory response induced by shuttle test (TShuttle) and six-minute walk test (6MWT).METHOD:10 patients with COPD (64±10 years, and forced expiratory volume at the first second - FEV1 38.1±11.8% predicted) and 10 healthy subjects (63±7 years, and FEV1 of 95.8±18.0% predicted) underwent evaluation of pulmonary function, functional status and capacity (6MWT, TShuttle and TChester).RESULTS: COPD patients had worst performance in all tests, when compared to healthy subjects (TChester 2,1±0,9 vs. 4,1±1,1 completed levels; TC6min: 435±105,1 vs. 593±87,3 m; TShuttle 251±84,6 vs. 436±55,4 m; p<0.05). TChester correlated with TShuttle and 6MWT (r =0.67 and 0.83, respectively, p<0.05). There were no differences in heart rate and dyspnea in TChester levels between groups (p>0.05). SpO2 was lower in COPD patients since the first TChester level (p<0.05).CONCLUSION:TChester is valid in the assessment of functional capacity of COPD patients, being able to distinguish them from healthy subjects, inducing similar cardiovascular demand and greater desaturation in COPD patients.