RESUMO: Objetivou-se avaliar a morfologia das células endoteliais de diferentes regiões da córnea de cães. Vinte olhos saudáveis de 10 cães, fêmeas ou machos, de diferentes idades foram estudados. A morfologia do endotélio corneano das regiões superior, inferior, central, nasal e temporal foi avaliada pela coloração vermelho de alizarina 0,2% com microscópio óptico. Foram analisadas 100 células endoteliais de cada região da córnea. Em todas as regiões da córnea estudadas foram encontradas células endoteliais com quatro lados, cinco lados, seis lados e sete lados. Não houve diferença significativa em relação à morfologia de células endoteliais da córnea em todos as regiões estudadas. Assim, a morfologia da região central da córnea representa todo o mosaico endotelial e pode ser aplicada em áreas periféricas. Portanto, a análise da área central é suficiente para estimar a forma das células endoteliais das áreas periféricas de córneas de cães saudáveis.

ABSTRACT: The aim of this study was to evaluate the morphology of endothelial cells from different areas of the cornea of dogs. Twenty healthy eyes from 10 dogs, females or males, of different ages were studied. Corneal endothelium morphology of superior, inferior, central, nasal and temporal areas was assessed by 0.2% alizarin red staining using an optic microscope. One hundred endothelial cells from each corneal area were analyzed. In all areas of the cornea studied were found endothelial cells with four sides, five sides, six sides and seven sides. There was no significant difference regarding endothelial cell morphology in all corneal regions evaluated. Thus, the morphology of the central cornea area represents the entire endothelial mosaic and may be applied to peripheral areas. Therefore, analysis of the central area is sufficient to estimate the shape of endothelial cells of peripheral areas of healthy dog corneas.

RESUMO: O objetivo deste estudo foi o de avaliar a morfologia das diferentes regiões da córnea equina usando microscopia óptica. Foram avaliados ambos os olhos saudáveis de oito equinos, machos ou fêmeas, de diferentes idades. As córneas foram coradas com corante vital vermelho de alizarina, examinadas com microscópio óptico e fotografadas. A morfologia endotélio corneano de áreas centrais, superior, inferior, temporal e nasal foi avaliada. Foram analisadas células endoteliais da córnea de cada área. A forma das células endoteliais da córnea de cada região da córnea foi analisada. Análise estatística dos dados foi realizada por meio do teste t. Valores de P<0.01 foram considerados significativos. Em relação à análise morfológica estatisticamente significativa, não foram encontradas diferenças entre as regiões da córnea equina analisadas. O presente trabalho sugere que não houve diferença entre a morfologia das regiões da córnea de equino. Os valores obtidos em qualquer região da córnea equina podem ser extrapolados para outras regiões da córnea e são representativos da morfologia celular em todas as regiões da córnea.

ABSTRACT: The objective of this study was to evaluate the morphology of different regions of the equine cornea using optical microscopy. Both healthy eyes of eight horses, male or female, of different ages were evaluated. Corneas were stained with alizarin red vital dye and subsequently examined and photographed using optical microscopy. Corneal endothelial morphology of central, superior, inferior, temporal and nasal areas was assessed. One hundred endothelial cells from each corneal area were analyzed. The shape of the corneal endothelial cells of each corneal region was analyzed. Statistical data analysis was conducted using the Student's t test. Values of P<0.01 were considered significant. Regarding morphological analysis, no statistically significant differences were reported between the equine corneal regions analyzed. The present research suggested that there are no morphological differences between regions of the equine cornea. The values obtained in any region of the equine cornea can be extrapolated to other regions of the cornea and are representative of the cell morphology present in all regions of the cornea.

RESUMO: O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da contenção pelo cachimbo na aferição da pressão intraocular em equinos hígidos. Neste trabalho, 45 cavalos Crioulos, com idade entre dois e 20 anos, machos ou fêmeas, foram avaliados utilizando tonometria de rebote, com e sem contenção, com cachimbo no lábio superior. Exame oftálmico prévio foi realizado, incluindo Teste Lacrimal de Schirmer, prova da fluoresceína, biomicroscopia com lâmpada de fenda e oftalmoscopia direta em todos os cavalos. Somente animais sadios com olhos hígidos foram utilizados. A ordem das tonometrias (com ou sem cachimbo) e a ordem dos olhos (direito e esquerdo) foram randomizadas. Três aferições de cada olho foram realizadas e a média calculada. A posição da cabeça dos cavalos foi mantida acima do nível do coração e nenhuma pressão foi feita sobre as pálpebras. Ao menos 10 minutos se passaram entre as aferições do mesmo cavalo. As medidas foram realizadas entre as 15h30min e 17h30min do mesmo dia, para evitar flutuações relacionadas ao ritmo circadiano da pressão intraocular. A análise estatística foi realizada com o programa SAS 9.2. Foi realizada análise de variância de parcela subdividida, onde o cavalo foi considerado bloco. A pressão intraocular média obtida com cachimbo (34,68±6,47mmHg) foi significativamente maior (P<0,05) que a obtida sem (29,35±4,08mmHg). Não foi encontrada diferença significativa entre olhos direito e esquerdo. A contenção de equinos com o cachimbo aumentou significativamente a pressão intraocular aferida com tonômetro de rebote.

ABSTRACT: The purpose of this study was to verify the effect of the upper lip twitch restraint on intraocular pressure (IOP) of healthy horses. In this study, forty five Criollo horses, aged between two to 20 years (male or female) were evaluated with rebound tonometer, with and without upper lip twitch restraint. A previous ophthalmic examination was performed with Schirmer tear test, fluorescein test, slit lamp biomicroscopy and direct ophthalmoscopy in all horses. Only healthy animals with no ocular findings were used. The order of the IOP measurements (with or without twitch) and order of the eye (right or left) were randomized. Three measurements of each eye were made and the mean was calculated. Head position was kept above the heart level and no pressure was made over eyelids. At least 10 minutes passed between the evaluations of the same horse. Measurements were made between 3:30 and 5:30pm to avoid circadian fluctuation of intraocular pressure. Statistical analysis was performed with SAS 9.2 software. A Split plot factorial design was used where horses were considered blocks. The mean intraocular pressure values obtained with lip twitch restraint (34.68±6.47mmHg) were significantly higher (P<0.05) than those obtained without (29.35±4.08mmHg). There was no relevant statistical difference between right and left eyes. The restraint of horses with upper lip twitch increased equine intraocular pressure measured with the rebound tonometry.