Estudaram-se os aspectos morfológicos da placenta e das membranas fetais de 03 placentas de bichos-preguiça (Bradypus variegatus), adultas e prenhes, originárias da Zona da Mata do Estado de Pernambuco. Essas estruturas foram obtidas de 03 fêmeas doadas pela Universidade Federal de Pernambuco, das quais duas encontravam-se congeladas e a terceira foi colhida mediante realização de cirurgia cesariana, onde mãe e feto foram preservados. Depois de descongeladas, as placentas foram fixadas em solução aquosa de formol 10,00%. Da placenta obtida da cesariana colheram-se pequenos fragmentos da região placentária e do funículo umbilical, os quais foram fixados em paraformoldeido 4,00%, tampão fosfato pH 7,4. Os fragmentos passaram pela rotina histológica, onde foram coradas em Hematoxilina e Eosina e Tricrômio de Masson. A placenta da preguiça é corioamniótica, com o cório viloso constituindo os lobos placentários, que se localizam na região fúndica do útero, e o cório liso relacionando-se com a face interna do útero. Nas placentas de final de prenhez os lobos aglomeram-se e fundem-se aumentando de tamanho, formando uma massa principal discóide, caracterizando uma placenta zonária discoidal, que se une ao feto pelo funículo umbilical, constituído por duas artérias e uma veia umbilical. Os resultados histológicos demonstraram que a placenta desses animais é labiríntica e endoteliocorial. Assim, a placenta da preguiça pode ser classificada como labiríntica, endoteliocorial, múltipla, discóide (a termo) e corioamniótica.
The morphological aspects of the placenta and fetal membranes were investigated in 03 sloth originated from the forestal zone in the state of Pernambuco, Brazil. These structures were obtained in 03 pregnant females from Universidade Federal de Pernambuco, two of them were frozen and the third placenta was collected by caesarian, and mother and fetus were preserved. After defrost the placenta were fixed in formaldehyde 10,00% water solution. The small fragments were collected in the placenta and umbilical cord from caesarian. These fragments were fixed in 4,00% paraformoldehyde and processed, as usual, for light microscopy; the specimens were embedded in paraplast. HE and Masson stained 5 mm thick sections. The sloth placenta is chorioamniotic, with villous chorion composing the placental lobes, localized in the fundic uterus region. The smooth chorion has relationship with intern face of the uterus. In late gestation the lobes of placenta fused and increase the size in a unique discoid mass, characterizing the placenta discoid. The umbilical cord connect the fetus with placenta, two arteries and one umbilical vein compose it. The histological result suggests a labirinthic and endotheliochorial placenta in these animals. Therefore, the sloth placenta may be classified as labyrinth, endotheliochorial, multiple, discoid (at term) and chorioamniotic.