Resumo Os idosos têm apresentado maior dependência funcional e incapacidade, principalmente as mulheres, em decorrência da redução da massa muscular e óssea e do aumento progressivo da gordura corporal. Estas alterações nos componentes da composição corporal têm sido observadas por meio de diferentes técnicas. Nesse contexto, o objetivo neste estudo foi analisar a validade concorrente das equações de impedância bioelétrica para estimar a massa livre de gordura (MLG), do fabricante Valhalla7 e de Gray et al.8, em idosas brasileiras. A amostra (n= 34), com idade de 60-71 anos e estatura de 140-162cm, foi dividida em dois grupos (n= 17) por gordura relativa (G%) via DEXA: G% ≤41%, G% >41%. A DEXA foi usada como padrão ouro. Todos os coeficientes de correlação foram (r >0,79) satisfatórios. Nos dois grupos, a MLGValhalla (G% ≤41: 36,1±3,4kg; G% >41: 39,3±3,2kg) não diferiu (p>0,01) da MLGDEXA (38,7±3,7kg), no entanto, o EPE (2,114 kg) foi um pouco acima do recomendado no grupo G% >41. A MLGGray diferiu (p <0,01) da MLGDEXA nos dois grupos, ainda que o EPE tenha sido satisfatório (<1,8 kg) no grupo com G% ≤41. Os escores residuais mostraram a falta de concordância da MLGGray com a MLGDEXA, chegando até 7,08kg. Pela equação de Gray et al.8 ,somente 9% teve a MLG estimada dentro de um erro aceitável, enquanto que, pela equação Valhalla, 82%. Esta equação apresentou validade concorrente para as idosas com sobrepeso e obesidade.
Abstract Older adults, especially women, show a higher level of functional dependence and disability because of muscle and bone mass loss and of a progressive increase in body fat mass. These changes in body composition components have been observed by different techniques. The aim of this study was to analyze the concurrent validity of bioelectrical impedance equations obtained with the Valhalla device7 and those proposed by Gray et al.8 for the estimation of fat-free mass (FFM) in Brazilian elderly women. The sample (n=34; 60-71 years old, height of 140-162 cm) was divided into two groups (n=17) according to relative body fat (%BF) obtained by DXA: %BF ≤41 and %BF >41. DXA was used as the gold standard. All correlation coefficients were satisfactory (r>0.79). FFMValhalla (%BF≤41: 36.1±3.4 kg; %BF >41: 39.3±3.2 kg) did not differ (p>0.01) from FFMDXA (38.7±3.7 kg) in either group. However, the standard error of the estimate (SEE) was slightly higher (2.114 kg) than the recommended one in the %BF >41 group. FFMGray differed (p<0.01) from FFMDXA in the two groups, although the SEE was satisfactory (<1.8 kg) in the %BF ≤41 group. The residual scores indicated the absence of agreement between FFMGray and FFMDXA, reaching 7.08 kg. Only 9% of the subjects had FFM estimated within an acceptable error when the equation of Gray et al.8 was used, while this percentage was 82% when the Valhalla equation was used. The latter equation showed concurrent validity for overweight and obese older women.