ABSTRACT BACKGROUND: During childhood and adolescence, there are significant increases in bone mineral content (BMC) and bone mineral density (BMD). OBJECTIVE: To investigate physical growth parameters associated with BMD and BMC among children and adolescents diagnosed with human immunodeficiency virus (HIV). DESIGN AND SETTING: Cross-sectional study conducted in Florianópolis, Brazil, among 63 children and adolescents (aged 8-15 years) diagnosed with HIV. METHOD: BMD, BMC and fat percentage z score were evaluated using dual X-ray absorptiometry. Age/height z score and body mass index (BMI)/age z score were obtained in accordance with international recommendations, and bone age was obtained through hand-wrist radiography. Sex, family income, information on HIV infection (T CD4+ lymphocyte count, viral load and type of antiretroviral therapy, moderate-vigorous physical activity and sedentary behavior) were used as adjustment variables in the analyses. Simple and multiple linear regression analyses were performed, with a significance level of P ≤ 0.05. RESULTS: Subtotal BMD (without the head region) was directly associated with bone age, BMI/age z score and fat percentage z score, even after adjusting for covariates. Subtotal BMC/height was directly associated with bone age, height/age z score, BMI/age z score and fat percentage z score, even after adjusting for covariates. CONCLUSION: Subtotal BMD and subtotal BMC/height were directly associated with physical growth indicators among children and adolescents diagnosed with HIV.

ABSTRACT BACKGROUND: Studies that test associations between anthropometric indicators and insulin resistance (IR) need to provide better evidence in the context of the pediatric population (children and adolescents) with human immunodeficiency virus (HIV), as anthropometric indicators present a better explanation of the distribution of body fat. OBJECTIVE: To test the associations between anthropometric indicators and insulin resistance (IR) among children and adolescents diagnosed with HIV. DESIGN AND SETTING: Cross-sectional study on 65 children and adolescents (8-15 years) infected with HIV through vertical transmission conducted at the Joana de Gusmão Children's Hospital, Florianópolis, Brazil. METHODS: The anthropometric indicators measured were the abdominal (ASF), triceps (TSF), subscapular (SSF) and calf (CSF) skinfolds. The relaxed arm (RAC), waist (WC) and neck (NC) circumferences were also measured. Body mass index (BMI) was calculated from the relationship between body mass and height. IR was calculated through the Homeostasis Model Assessment for Insulin Resistance (HOMA-IR). Simple and multiple linear regression analyses were used. RESULTS: After adjustment for covariates (sex, bone age, CD4+ T lymphocytes, CD8+ T lymphocytes, viral load, and physical activity), associations between IR and models with SSF and CSF remained. Each of these explained 20% of IR variability. For females, in the adjusted analyses, direct associations between IR and models with ASF (R² = 0.26) and TSF (R² = 0.31) were observed. CONCLUSIONS: SSF and CSF in males and ASF and TSF in females were associated with IR in HIV-infected children and adolescents.

RESUMO Introdução: Os baixos níveis de aptidão aeróbica estão associados ao excesso de adiposidade corporal em adolescentes. Porém, os estudos que analisaram essa associação em adolescentes, utilizaram diferentes métodos e medidas para avaliar a aptidão aeróbica, o que dificulta a comparação dos resultados. Objetivos: Realizar uma revisão sistemática com metanálise de estudos que analisaram a associação entre aptidão aeróbica e indicadores antropométricos de adiposidade corporal em adolescentes de 10 a 19 anos. Métodos: Realizou-se busca sistemática em maio de 2016, atualizada em março de 2017, nas seguintes bases de dados eletrônicas: LILACS (BIREME), Embase, MEDLINE (PubMed), Web of Science (Web of Knowledge), Scopus e SPORTDiscus. Resultados: Foram selecionados 23 estudos. A metanálise indicou que à medida que aumentavam os níveis de aptidão aeróbica, diminuíam os valores de IMC, do perímetro da cintura e do percentual de gordura corporal dos adolescentes. Conclusões: Existe uma associação negativa entre aptidão aeróbica (avaliada pela medida da captação de oxigênio no teste de corrida de vaivém de 20 metros [20m Shuttle Run]) e percentual de gordura, IMC e perímetro da cintura dos adolescentes e associação negativa entre aptidão aeróbica (avaliada pela contagem de voltas no teste de vai e vem de 20 metros) e percentual de gordura corporal. Contudo, é necessária cautela na interpretação dos dados devido à heterogeneidade dos estudos analisados. Nível de evidência II; Revisão sistemática de Estudos de Nível II

ABSTRACT Introduction: Low aerobic fitness levels are associated with excess body adiposity in adolescents. However, studies that have analyzed this association in adolescents have used different methods and measures to evaluate aerobic fitness, making it difficult to compare the results. Objective: To conduct a systematic review with meta-analysis of studies that have analyzed the association between aerobic fitness and anthropometric body adiposity indicators in adolescents aged 10-19 years. Methods: A systematic search was performed in May 2016, updated in March 2017, in the following electronic databases: LILACS (BIREME), Embase, MEDLINE (PubMed), Web of Science (Web of Knowledge), Scopus, and SPORTDiscus. Results: Twenty-three studies were selected. The meta-analysis indicated that as the aerobic fitness levels increased, the BMI, waist circumference and body fat percentage values of the adolescents decreased. Conclusion: There is a negative association between aerobic fitness (evaluated by measuring maximum oxygen uptake in the 20-meter Shuttle Run test) and the body fat percentage, BMI and waist circumference of adolescents and a negative association between aerobic fitness (assessed by measuring the number of laps in the 20-meter Shuttle Run test) and body fat percentage. However, caution is required in the interpretation of data due to the heterogeneity of the studies analyzed. Level of Evidence II; Systematic review of studies with level II of evidence.

RESUMEN Introducción: La evidencia sugiere que los niveles bajos de aptitud aeróbica están asociados a un exceso de adiposidad corporal en los adolescentes. Sin embargo, los estudios que analizaron esta asociación en adolescentes utilizaron diferentes métodos y medidas para evaluar la aptitud aeróbica, lo que dificulta la comparación de los resultados encontrados. Objetivo: Realizar una revisión sistemática con metanálisis de estudios que evaluaron la asociación entre aptitud aeróbica e indicadores antropométricos de adiposidad corporal en adolescentes de 10 a 19 años. Método: Se realizó una búsqueda sistemática en mayo de 2016, actualizada em marzo de 2017, en las bases de datos electrónicas: LILACS (BIREME), Embase, MEDLINE (PubMed), Web of Science (Web of Knowledge), Scopus y SPORTDiscus. Esta revisión incluyó estudios transversales con adolescentes de 10 a 19 años que analizaron la asociación entre la aptitud aeróbica (con diferentes métodos de evaluación) y los indicadores antropométricos de la adiposidad corporal (utilizando la antropometría como método). Resultados: Se seleccionaron 23 estudios. El metanálisis indicó que a medida que aumentaban los niveles de aptitud aeróbica, el IMC, la circunferencia de la cintura y el porcentaje de grasa corporal de los adolescentes disminuían. Conclusión: Existe una asociación negativa entre la aptitud aeróbica (evaluada por el test Shuttle Run 20 metros mediante el consumo máximo de oxígeno) y el porcentaje de grasa, IMC y circunferencia de cintura de los adolescentes y una asociación negativa entre la aptitud aeróbica evaluada por el test Shuttle Run 20 metros según el número de vueltas y el porcentaje de grasa corporal. Sin embargo, se requiere precaución al interpretar los datos debido a la heterogeneidad de los estudios analizados. Nivel de evidencia II; Revisión sistemática de estudios de nivel II

RESUMO Introdução: A avaliação da composição corporal em atletas do sexo feminino de diferentes modalidades esportivas é importante para o monitoramento da saúde. Objetivos: Comparar a composição corporal de atletas universitárias, de diferentes modalidades coletivas (futebol de salão, flag football e voleibol). Métodos: Estudo transversal realizado com 45 atletas do sexo feminino, com idades entre 18 e 35 anos (22,8 ± 3,55). As variáveis dependentes foram a massa gorda corporal (MG) e a massa magra (MM) medida por pletismografia por deslocamento de ar. O conteúdo mineral ósseo ajustado para estatura (CMO/estatura) e densidade mineral óssea (DMO) foram medidos por absorciometria por dupla emissão de raios X. As variáveis independentes foram os esportes [flag football (n = 12); futebol de salão (n = 20); voleibol (n = 13)] e as covariáveis foram idade (anos completos), volume de treinamento (minutos por semana) e tempo de prática (anos completos). A análise de covariância foi utilizada. Resultados: Ao ajustar o modelo pelas covariáveis, as atletas de voleibol (19,27 kg ± 2,20) apresentaram valores maiores de MG com relação às de flag football (16,00 kg ± 1,70) e de futebol de salão (12,20 kg ± 1,30). Não houve diferença significativa na MM, CMO/estatura e DMO total entre os esportes, mesmo depois do ajuste para as covariáveis. Conclusões: As atletas de voleibol apresentaram maior MG em comparação com as atletas de flag football e futebol de salão. Não houve diferenças em MM, CMO/estatura e DMO entre os jogadoras de diferentes modalidades coletivas. Este estudo pode ajudar treinadores e outros profissionais do esporte a prevenir lesões em atletas com maior MG (voleibol) ou prevenir doenças como irregularidades menstruais, comuns em atletas com baixos níveis de gordura corporal (futebol de salão), que é um dos fatores de risco para a síndrome da tríade da atleta feminina (distúrbios alimentares, irregularidades menstruais e baixa DMO). Nível de evidência III; Estudo retrospectivo comparativo .

ABSTRACT Introduction: The assessment of body composition in female athletes of different sports is important for health monitoring. Objective: To compare body composition in university athletes of different team sports (indoor soccer, flag football and volleyball). Methods: A cross-sectional study carried out with 45 female athletes, aged 18 to 35 years (22.8 ± 3.55). The dependent variables were body fat mass (FM) and fat-free mass (FFM) measured by air displacement plethysmography. Bone mineral content, adjusted for height (BMC/height) and bone mineral density (BMD), were measured by dual energy X-ray absorptiometry. The independent variable was sport [flag football (n = 12); indoor soccer (n = 20); volleyball (n = 13)] and the covariates were age (complete years), training volume (minutes per week) and length of time playing the sport (complete years). Analysis of covariance was used. Results: Adjusting the model for covariates, volleyball athletes (19.27 kg ± 2.20) presented higher FM values compared to the flag football (16.00 kg ± 1.70) and indoor soccer players (12.20 kg ± 1.30). There was no significant difference in FFM, BMC/height and total BMD between sports, even after adjusting for covariates. Conclusion: Volleyball athletes presented higher FM compared to flag football and indoor soccer athletes. There were no differences in FFM, BMC/height and BMD among the players of the different team sports. This study can help coaches and other sports professionals to prevent injuries to athletes in sports such as higher FM (volleyball), or to prevent diseases such as menstrual irregularities, which are common in athletes who may have low levels of body fat (indoor soccer players), this being one of the risk factors for the female athlete triad (eating disorders, menstrual irregularities and low BMD). Level of evidence III; Retrospective comparative study .

RESUMEN Introducción: La evaluación de la composición corporal en atletas del sexo femenino de diferentes modalidades deportivas es importante para la monitorización de la salud. Objetivos: Comparar la composición corporal de atletas universitarias, de diferentes modalidades colectivas (fútbol de salón, flag football y vóleibol). Métodos: Estudio transversal realizado con 45 atletas del sexo femenino, con edades entre 18 y 35 años (22,8 ± 3,55). Las variables dependientes fueron la masa grasa (MG) y masa magra (MM) medida por pletismografía por desplazamiento de aire. El contenido mineral óseo ajustado para estatura (CMO/estatura) y densidad mineral ósea (DMO) fueron medidos por absorciometría por doble emisión de rayos X. Las variables independientes fueron los deportes [flag football (n = 12); fútbol de salón (n = 20); vóleibol (n = 13)] y las covariables fueron edad (años completos), volumen de entrenamiento (minutos por semana) y tiempo de práctica (años completos). Fue utilizado el análisis de covariancia. Resultados: Al ajustar el modelo por las covariables, las atletas de vóleibol (19,27 kg ± 2,20) presentaron valores mayores de MG con relación a las de flag football (16,00 kg ± 1,70) y de fútbol de salón (12,20 kg ± 1,30). No hubo diferencia significativa en la MM, CMO/estatura y DMO total entre los deportes, incluso después del ajuste para las covariables. Conclusiones: Las atletas de vóleibol presentaron mayor MG en comparación con los atletas de flag football y fútbol de salón. No hubo diferencias en MM, CMO/estatura y DMO entre las jugadoras de diferentes modalidades colectivas. Este estudio puede ayudar a entrenadores y otros profesionales del deporte a prevenir lesiones en atletas con mayor MG (vóleibol) o prevenir enfermedades como irregularidades menstruales, comunes en atletas con bajos niveles de grasa corporal (fútbol de salón), que es uno de los factores de riesgo para el síndrome de la tríada de la atleta femenina (disturbios alimentarios, irregularidades menstruales y baja DMO). Nivel de evidencia III; Estudio retrospectivo comparativo .

RESUMO O estudo teve como objetivo identificar e sumarizar evidências referentes à avaliação dos níveis de força muscular (FM) em crianças e adolescentes escolares (≤ 19 anos) no Brasil, com o intuito de atualizar as evidências publicadas anteriormente pelo projeto Report Card Brazil. A busca sistemática das informações foi conduzida em sete bases de dados, restrita aos estudos publicados durante o período de Janeiro de 2018 a Dezembro de 2019. Treze estudos foram incluídos, o que reuniu informações de 10.135 crianças e adolescentes de sete estados brasileiros. Diferentes testes/protocolos para avaliar a FM foram identificados, contudo, a força de preensão manual foi o teste mais empregado pelos estudos (53,8%). A prevalência de crianças e adolescentes que apresentavam níveis de FM considerados saudáveis foi de 29,8% considerando a totalidade de informações, e 27,6% para os meninos e 31,8% para as meninas. Considerando a totalidade de dados revisados pelo projeto Report Card Brazil (informações analisadas neste estudo em adição aos anteriormente publicados), o corpo de informações referente a avaliação dos níveis de FM em crianças e adolescentes no Brasil foram advindas de pesquisas conduzidas durante o período de 2010 a 2019, o que reuniu amostra de 15.208 crianças e adolescentes (sete a 19 anos). De acordo com estas informações, a prevalência de crianças e adolescentes que apresentavam níveis de FM considerados saudáveis nesse período foi de 57,8%, sendo que no sexo masculino foi de 61,1% e no sexo feminino de 58,8%.

ABSTRACT The present study aimed to identify and summarize evidence regarding muscle strength (MS) levels in school children and adolescents (≤ 19 years) in Brazil in order to update previously published evidence from the Report Card Brazil project. The systematic search for information was conducted in seven databases, restricted to studies published during the period from January 2018 to December 2019. Thirteen studies were included, which gathered information from 10,135 children and adolescents from seven Brazilian states. Different tests/protocols for assessing MS were identified, however, handgrip strength was the test most adopted in studies (53.8%). The prevalence of children and adolescents with MS levels considered healthy was 29.8%, considering the totality of information, and 27.6% for males and 31.8% for females. Considering full data reviewed by the Report Card Brazil project (data analyzed in this study in addition to those previously published), information regarding the assessment of MS levels in children and adolescents in Brazil came from studies conducted during the period from 2010 to 2019, which included a sample of 15,208 children and adolescents (aged 7-19 years). According to this information, the prevalence of children and adolescents with MS levels considered healthy in this period was 57.8%, 61.1% for males and 58.8% for females.

resumo O objetivo do estudo foi realizar uma atualização das evidências brasileiras sobre a prevalência de crianças e adolescentes que atenderam aos critérios de saúde para aptidão aeróbia. Essa revisão sistemática integra o Projeto Report Card Brasil e a busca foi restrita aos estudos publicados durante o período de Janeiro de 2018 a Dezembro de 2019 em nove bases de dados eletrônicas. Estudos com diferentes delineamentos, os quais permitiram extrair informações acerca da prevalência de crianças e adolescentes que atenderam aos critérios de saúde para a aptidão aeróbia (idade até 19 anos ou com média de idade até 19 anos) foram incluídos. Estudos publicados a partir de 2020 não foram incluídos por conta do possível efeito da pandemia nesse indicador e por não haver uma certeza de quando finalizará a pandemia. Do total de 694 estudos inicialmente identificados, 13 estudos com informações de 14.673 crianças e adolescentes foram incluídos após a leitura de títulos, resumo, textos completos e referências. A prevalência de crianças e adolescentes que atenderam aos critérios de saúde para aptidão aeróbia foi de 26.9% (29,7% para as meninas; 44,6% para os meninos). Nessa busca, oito pontos de corte distintos para determinar níveis adequados de aptidão aeróbia foram utilizados, bem como cinco testes foram empregados para se determinar a aptidão aeróbia. Analisando-se os dados da presente revisão com a revisão sistemática anterior desse projeto, um terço das crianças e adolescentes do Brasil atendem aos critérios de saúde para aptidão aeróbia.

abstract The aim of the study was to update Brazilian evidence on the prevalence of children and adolescents who met health criteria for aerobic fitness. This systematic review is part of the Report Card Brazil Project and the search was restricted to studies published during the period from January 2018 to December 2019 in nine electronic databases. Studies with different designs, which allowed extracting information about the prevalence of children and adolescents who met health criteria for aerobic fitness (age up to 19 years or average age up to 19 years) were included. Studies published from 2020 were not included due to the possible effect of the pandemic on this indicator and because there is no certainty as to when the pandemic will end. Of the 694 studies initially identified, 13 studies with information of 14,673 children and adolescents were included after reading titles, abstracts, full texts and references. The prevalence of children and adolescents who met health criteria for aerobic fitness was 26.9% (29.7% for girls; 44.6% for boys). In this search, eight different cutoff points were used to determine adequate aerobic fitness levels and five tests were used to determine aerobic fitness. Analyzing data from the present review with the previous systematic review of this project, one third of children and adolescents in Brazil meet health criteria for aerobic fitness.

Resumo O estudo teve como objetivo revisar sistematicamente a literatura para identificar a prevalência de crianças e adolescentes brasileiros que atendem aos critérios de saúde para aptidão cardiorrespiratória (CRF). A busca foi realizada nas bases de dados eletrônicas (PubMED, SciELO, LILACS, Scopus, SPORTDiscus e Web of Science) e lista de referências dos artigos identificados. Os critérios de inclusão foram: população considerada criança e/ou adolescente (idade de 0 a 19 anos ou com média de idade até 19 anos); estudos com amostra de crianças e/ou adolescentes de nacionalidade brasileira e estudos observacionais com delineamento transversal ou longitudinal. O processo de análise dos estudos envolveu leitura de títulos, resumos e textos completos. Após essas fases, 60 artigos foram elegíveis. Em relação ao delineamento, dois estudos foram longitudinais. Do total de estudos incluídos, 49 estudos apresentaram valores moderados para qualidade metodológica e 11 apresentaram valores baixos para qualidade metodológica, conforme instrumento da National Heart, Lung, and Blood Institute. As prevalências de crianças e adolescentes que atenderam aos critérios de saúde para CRF variaram entre os estudos (7.5% a 70.4%), sendo essa variação maior nas meninas que nos meninos. Total de 49.093 jovens de seis a 19 anos foi pesquisado ao computar todos esses estudos e isso resultou em 32,2% de sujeitos (27,7% dos meninos e 28,4% das meninas) com níveis adequados de CRF para a saúde ao redor do Brasil. Esses resultados podem auxiliar no rastreamento da população pediátrica que se encontra em risco se for considerado a CRF como medida de saúde.

Abstract The study aimed to systematically review the literature to identify the prevalence of Brazilian children and adolescents that meet health criteria for cardiorespiratory fitness (CRF). The search was performed in the electronic databases (PubMED, SciELO, LILACS, Scopus, SPORTDiscus and Web of Science) and list of references of identified articles. Inclusion criteria were: population composed of children and/or adolescents (0-19 years or average age up to 19 years); studies with Brazilian children and/or adolescents and observational studies with cross-sectional or longitudinal design. The process of analysis of studies involved reading titles, abstracts and full texts. After these phases, 60 articles were eligible. Regarding the design, two studies were longitudinal. Of the total studies included, 49 presented moderate methodological quality values and 11 presented low methodological quality values, according to National Heart, Lung, and Blood Institute instrument. The prevalence of children and adolescents who met CRF health criteria varied among studies (7.5% to 70.4%), and this variation was higher in girls than in boys. Total of 49.093 individuals aged 6-19 years were surveyed to compute all of these studies, resulting in 32.2% of subjects (27.7% of boys and 28.4% of girls) with CRF levels adequate for health around Brazil. These results may help to screen the pediatric population at risk if CRF is considered as a health measure.

Abstract The aim of this study was to assess the validity of traditional anthropometric equations and to develop predictive equations of total body and trunk fat for children and adolescents living with HIV based on anthropometric measurements. Forty-eight children and adolescents of both sexes (24 boys) aged 7-17 years, living in Santa Catarina, Brazil, participated in the study. Dual-energy X-ray absorptiometry was used as the reference method to evaluate total body and trunk fat. Height, body weight, circumferences and triceps, subscapular, abdominal and calf skinfolds were measured. The traditional equations of Lohman and Slaughter were used to estimate body fat. Multiple regression models were fitted to predict total body fat (Model 1) and trunk fat (Model 2) using a backward selection procedure. Model 1 had an R2 = 0.85 and a standard error of the estimate of 1.43. Model 2 had an R2 = 0.80 and standard error of the estimate = 0.49. The traditional equations of Lohman and Slaughter showed poor performance in estimating body fat in children and adolescents living with HIV. The prediction models using anthropometry provided reliable estimates and can be used by clinicians and healthcare professionals to monitor total body and trunk fat in children and adolescents living with HIV.

Resumo O excesso de adiposidade corporal está associado a doenças crônicas degenerativas, sendo problema global de saúde pública. O objetivo do estudo foi verificar a associação da obesidade com fatores sociodemográficos, estilo de vida (atividade física, hábitos alimentares) e maturação sexual em estudantes do ensino médio de uma cidade do sul do Brasil. Estudo transversal com 820 adolescentes de escolas públicas de São José, Santa Catarina, Brasil, com idade de 14 a 17 anos. A obesidade foi estimada por meio do percentual de gordura corporal (%G). O %G foi calculado por meio da equação de Lohman que considera o somatório de dobras cutâneas (Tríceps e Subescapular). Usou-se os pontos de corte proposto por Willian et al. para classificar os jovens em eutróficos ou obesos. As variáveis independentes foram sexo, idade, nível econômico, escolaridade dos pais, hábitos alimentares, nível de atividade física e maturação sexual. A prevalência de obesidade foi de 17,2%. O sexo feminino (OR: 4,22; IC95%: 2,72-6,54) e os jovens no estágio pós-púbere de maturação sexual (OR: 1,95; IC95%:1,33-2,86) apresentaram maiores chances de obesidade. Estes resultados podem auxiliar as autoridades do município para o planejamento de políticas públicas de prevenção a obesidade.

Abstract Excess body fat is associated with chronic degenerative diseases, being a global public health problem. The aim of this study was to investigate the association of obesity with sociodemographic factors, lifestyle (physical activity, dietary habits) and sexual maturation in high school students of a city in southern Brazil. This is a cross-sectional study with 820 adolescents enrolled in public high schools of São José, Santa Catarina, Brazil, aged 14-17 years. Obesity was estimated by body fat percentage (BF%). BF% was calculated using the Lohman equation, which considers the sum of skinfolds (triceps and subscapularis). Cutoff points proposed by William et al. were used to classify individuals into normal weight or obese. Independent variables were sex, age, economic status, parental education, eating habits, physical activity and sexual maturation. The prevalence of obesity was 17.2%. Females (OR: 4.22; 95% CI: 2.72-6.54) and young people at post-pubertal stage of sexual maturation (OR: 1.95; 95% CI: 1.33-2.86) were more likely to have obesity. These results may help health authorities in the planning of public policies to prevent obesity.