A educação médica interessa e repercute em todo o mundo e de forma cada vez mais acentuada, em função da globalização. No Brasil, essa discussão, intensificada com o processo de construção do SUS, foi ampliada a partir das Diretrizes Curriculares Nacionais da Medicina, mas pouco se discute sobre ensino médico e pesquisas. No Enade 2007, 39% dos alunos informaram iniciação científica regulamentar em seu curso; 12% declararam existir sem regulamentação e 6,5% informaram a existência de iniciação científica sem integralização curricular; 10,9% disseram que não é oferecida e 31% não souberam opinar. No último Provão, em 2003, 20,9% dos alunos responderam que a participação em iniciação científica contribuiu para sua formação e 30,7% declararam não ter participado desse tipo de programa. Este estudo verificou junto aos estudantes do sexto ano, em seis escolas médicas de quatro estados brasileiros, a existência de iniciação científica em seus cursos, a participação ou não nessas atividades e os possíveis motivos para a não participação ou sua inexistência. Mesmo sendo crescente a participação de alunos de graduação em iniciação científica, ainda são muitas as razões para a não realização ou não participação dos alunos. Oitenta e quatro por cento dos alunos defendem a obrigatoriedade da iniciação científica na graduação médica.
Medical education is an important issue throughout the world, raising even more interest in the era of globalization. In Brazil, the discussions around medical education increased dramatically during the construction of the Unified Health System and got even more intensive after the establishment of the National Curricular Guidelines. However, very little is known about possible relations and mutual influences between medical education and scientific research. In the 2007 edition of the National Examination of Student Performance - ENADE 2007, 30.7% of the students from medical schools had not participated in Scientific Initiation activities (a program of research activities for undergraduate students) during their courses, 31% had no opinion, 39% of them had participated in such activities and 12% had done so informally. For 10.9% of the students there were no Scientific Initiation activities available and 6.5% reported the existence of such activities however on an extra-curricular basis. It is noteworthy that in 2003 only 20.9% of the students reported that joining these research activities was important for their medical education while 30.7% of them reported not participating in research activities In the present study we investigated the availability of Scientific Initiation activities in the courses of sixth year medical students from six medical schools in four Brazilian States. Special attention was paid to the reasons for enrolling or not in the program. Even with an increased participation of students in the program we identified a great number of reasons why students did not participate although 84% of them consider that participation in the program should be mandatory for medical students in general.