RESUMO Objetivo: Analisar alterações corneais precoces induzidas por cirurgia de cerclagem, para melhor entender sua influência sobre a curvatura corneal e a reabilitação visual. Método: Doze pacientes com descolamento de retina regmatogênico periférico sem envolvimento macular foram avaliados quanto à acuidade visual melhor corrigida, biomicroscopia, tonometria, fundoscopia, comprimento axial por ultrassonografia e topografia de córnea, tanto no período pré-operatório quanto 4 semanas no período pós-operatório. Testes t pareados foram usados para comparar valores pré e pós-operatórios. Resultado: Encontramos aplanamento central significante estatisticamente em 11 dos 12 pacientes com média de 1,22 Dioptrias ±1,73 (p < 0,05). Houve mínima alteração no comprimento axial, sem significância estatística. Conclusão: Alterações refrativas após procedimento de cerclagem são freqüentes e desempenham importante papel na acuidade visual final, especialmente em pacientes que não apresentam comprometimento macular. A natureza destas alterações dependem aparentemente do tipo de procedimento feito.

SUMMARY Purpose: To analyze early central corneal topographic changes induced by encircling band procedure to better understand its influence on corneal curvature and visual rehabilitation. Methods: Twelve patients with regmatogenic peripheral retinal detachment, without macular involvement, were evaluated regarding best corrected visual acuity, biomicroscopy, tonometry, fundoscopy, axial length ultrasonography and corneal topography, both preoperatively and 4 weeks postoperatively. Paired t tests were used to compare pre and postop-surgical values. Results: We found statistical significant central flattening in 11 out of 12 cases with mean flattening of 1.22 diopters ±1.73 (p < 0.05). There was a minimal change in the axial length with no statistical significance. Conclusion: Refractive changes after encircling procedure are frequent and play an important role in the final visual acuity, especially in patients with healthy or nonaffected macula. The nature of these changes apparently depends upon the type of procedure used.

RESUMO Devido às complicações associadas às lentes intra-oculares de câmara anterior do tipo “alça fechada”, muito usada nos anos 80, o uso de lente de câmara anterior tem sofrido críticas, ora relacionadas à sua influência sobre a fisiologia do endotélio, ora relacionadas ao comprometimento do seio camerular, levando à progressiva formação de sinéquias anteriores. Essa preocupação se deve ao grande número de artigos publicados relacionando às lentes de “alça fechada”, a chamada “epidemia de ceratopatia bolhosa” durante o início dos anos 90. Encontramos porém evidências na literatura desassociando as modernas lentes de câmara anterior de “alça aberta” de tais complicações. Neste estudo reportamos nossa experiência com implante lentes de câmara anterior de “alça aberta” em pacientes portadores de ceratopatia bolhosa pseudofácica (explante com substituição) e afácica (implante secundário) em pacientes submetidos a concomitante transplante penetrante de córnea.

SUMMARY Concerns on anterior chamber intraocular lens (AC lOL) implantation are often raised due to the association of complications with the old-styled closed-loop AC lOL, especially those implanted in the mid-1980’s. Although those lenses are no longer marketed, there are still more than 200,000 patients with this type of lens in place in the United States. There are evidences that the new-style open-loop AC lOL may not be associated with the problems caused by closed-loop AC lOL. We report our experience in patients with pseudophakic bullous keratopathy (PBK) and aphakic bullous keratopathy (ABK) that underwent penetrating keratoplasty (PK) associated with AC lOL exchange (pseudophakic) or secondary implantation (aphakic).

SUMMARY Different types of graft materiais, such as buccal mucosal membrane, auricular cartilage, conjunctiva, fascia lata, periosteum and dermal autografts, aortic and scleral homografts and synthetic materiais have been used in order to repair or reinforce scleral or corneoscleral defects with variable results. We report patients with a minimum one year follow-up, successfully treated with corneal patch graft. In ali cases, the corneal patch graft healed well without any evidence of further melting, infection or rejection. The grafts remained intact and able to support the defect, with a favorable final cosmetic appearance. Therefore, we emphasize the importance of human donor corneal tissue as an excellent alternative graft material to reinforce or repair scleral or corneoscleral defect.