Resumo No município de São Paulo, a instituição de hortas comunitárias tem conduzido um processo social inovador de autogestão dos espaços públicos pelos cidadãos, utilizando redes sociais para organizarem intervenções de forma ativista. A pesquisa buscou investigar o engajamento político em hortas comunitárias existentes em São Paulo, trazendo uma perspectiva a partir dos conceitos de potência de agir, presente na filosofia de Espinosa, e do comum, a partir da obra de Dardot e Laval (2017). A metodologia é composta por uma etnografia baseada em entrevistas semiestruturadas e observação participante em mutirões de hortas comunitárias, reuniões e eventos. Nesses encontros, é possível considerar que há afetos que potencializam os sujeitos a se engajarem em mudanças significativas para a gestão territorial, possibilitando a formação de um coletivo ampliado de atuação que institui formas únicas de gestão que se confrontam com os poderes instituídos.
Abstract In the municipality of São Paulo, the institution of community gardens has led an innovative social process of self-management of public spaces by citizens, using social networks to organize interventions in an activist way. The research sought to investigate political engagement in community gardens in São Paulo, bringing a perspective based on the concepts of power to act, present in Espinosa’s philosophy, and of commons, based on the work of Dardot and Laval (2017). The methodology consists of an ethnography based on semi-structured interviews and participant observation in community garden joint-efforts, meetings and events. In these meetings, it is possible to consider that there are affections empowering the subjects to engage in significant changes for territorial management, enabling the formation of an expanded collective of action that establishes unique forms of management confronting institutional powers.
Resumen En el municipio de São Paulo, la institución de los huertos comunitarios ha liderado un innovador proceso social de autogestión de los espacios públicos por parte de los ciudadanos, utilizando las redes sociales para organizar intervenciones de manera activista. La investigación buscó investigar el compromiso político en huertos comunitarios existentes en São Paulo, aportando una perspectiva basada en los conceptos de potencia para actuar, presente en la filosofía de Espinosa y en las obras de sus intérpretes, y los comunes, a partir de la obra de Dardot y Laval (2017). La metodología consiste en una etnografía basada en entrevistas semiestructuradas y observación participante en los trabajos colectivos, reuniones y eventos de huertos comunitarios. En estos encuentros, se puede considerar que existen afectos que empoderan a los sujetos para emprender cambios significativos para la gestión territorial, posibilitando la formación de un colectivo de acción ampliado que establece formas singulares de gestión que enfrentan los poderes instituidos.