Abstract Christopher Nolan Oppenheimer theatrical release was 21 July 2023. It has received stellar reviews. As of November 2023, the movie has not been released in Japan and there is speculation that it may never be. Japanese critics have been quick to point out that the three hour long movie did not show the death and destruction in Hiroshima and Nagasaki. The over 200,000 dead and the survivors are largely absent from the movie. Finally, while the movie is not a celebration of the man dubbed the “father of the atomic bomb” it nevertheless paints him as sympathetic character. This treatment may be objectionable to some. Nolan’s movie is not about the decision to drop two nuclear weapons on Japan. It is not a documentary. Yet Oppenheimer the scientist can never be separated from atomic weapons and the slaughter of civilians. That he was tortured by the result of his work is true, but he was aware at what he was doing. An underlying theme of this essay is the dangers of hubris. This essay attempts to demonstrate how both the memory of Hiroshima and Oppenheimer are linked as both being contested icons. Nolan made this movie in a hyperpolarized America. The didactic functions would have to resonate with his audience. Oppenheimer, a brilliant erudite leftwing Jewish intellectual from New York, was humiliated and hounded out of public life in an era hysterical anti-communist rightwing politics. The specter of rightwing populism hangs over the movie and is thread throughout this essay. Oppenheimer is a cautionary tale about the deliberate and blind paths taken towards an apocalypse.

Resumo O lançamento nos cinemas de Oppenheimer de Christopher Nolan ocorreu em 21 de julho de 2023. Recebeu críticas excelentes. Até outubro de 2023 o filme ainda não tinha sido resenhado no Japão, mas os críticos japoneses foram rápidos em apontar que o filme não trata da morte e destruição em Hiroshima e Nagasaki. Os mais de 200.000 mortos e os sobreviventes estão praticamente ausentes do filme. Sendo assim, embora o filme não seja uma celebração do homem apelidado como “pai da bomba atômica”, ele ainda assim o retrata como um personagem simpático. Este tratamento é questionável. O filme de Nolan não é sobre a decisão de lançar duas armas nucleares no Japão. Não é um documentário. No entanto, Oppenheimer, o cientista, nunca pode ser separado das armas atômicas e do massacre de civis. É verdade que ele foi torturado pelo resultado que se desdobrou de sua pesquisa, mas ele tinha consciência do que estava fazendo. Assim, um tema subjacente deste ensaio são os perigos da arrogância. O texto busca demonstrar como tanto a memória de Hiroshima quanto a de Oppenheimer estão ligadas por serem ícones contestados. Nolan fez este filme em uma América hiperpolarizada. As funções didáticas teriam que repercutir em seu público. Oppenheimer, um brilhante intelectual judeu erudito de esquerda de Nova Iorque, foi humilhado e expulso da vida pública numa era histérica de política de direita anticomunista. O espectro do populismo de direita paira sobre o filme e é um fio condutor ao longo deste ensaio. Oppenheimer é como um conto que pode advertir sobre os caminhos deliberados e cegos tomados em direção a um apocalipse.

Resumo O título deste artigo faz um trocadilho com as palavras democracia e “demo-loucura”. No entanto, tal trocadilho não é uma brincadeira, como as eleições dos c ndidatos iliberais e autoritários nos Estados Unidos, Filipinas, Hungria, Turquia e Brasil (para nomear apenas alguns), que têm colocado em questão o futuro modelo da política. As políticas eleitorais estão sob o cerco de novos partidos bem como de movimentos espontâneos. Há questões fundamentais que precisam ser pontuadas. Quais são as razões para o aumento do populismo de direita? O populismo é anti-democrático? Qual tem sido o papel das mídias sociais e dos ICTs para criar um novo espectro político? Política e socialmente, o que significa termos entrado e uma era da pós-verdade? A demos não se tornou alucinante, mas a democracia certamente está em retrocesso. Este artigo argumenta que o liberalismo precisa construir uma contra narrativa em contraste à arrogância do medo e à falsa nostalgia da direita. A retórica da direita é oportunista, mas seria um erro fatal desmerecer sua aparência. Afinal, ela tem ganhado eleições. A demos não é alucinante, mas tem sido ignorada e, em muitos casos, deixada para trás. O populismo positivo é fundado na dignidade e na justiça humanas. Essa é a essência da democracia.

Abstract The title of this paper is a play on words re-working the word democracy into demos-crazy. This re-working however is not a joke as the election of authoritarian illiberal candidates in the United States, the Philippines, Hungary, Turkey and Brazil (to name but a few) has called into question the future shape of politics. Electoral politics is under siege by new parties as well as spontaneous movements. There are fundamental questions which need to be addressed. What are the reasons for the rise of right-wing populism? Is populism undemocratic? What has been the role of social media and ICTs in helping to create a new political spectrum? Politically and socially what does it mean if we have entered a post-truth age? The demos has not become crazy but democracy is certainly in retreat. This paper argues that liberalism needs to construct an honest counter-narrative in contrast to the fear-mongering and false nostalgia of the right. The rhetoric of the right is opportunistic, but it would be a fatal mistaketo dismiss its appeals. After all, it has won elections. The demos is not crazy, but has been ignored and in many cases left behind. Positive populism is grounded in human dignity and fairness. This is the essence of democracy.