OBJETIVO: Investigar a correlação de fadiga com dor em pacientes com artrite reumatoide e de fadiga com incapacidade em pacientes com osteoartrite. MÉTODOS: Foram avaliados 20 pacientes com artrite reumatoide e 20 com osteoartrite. Fadiga foi avaliada com escala visual analógica e questionário de avaliação multidimensional de fadiga. Utilizou-se a escala visual analógica para avaliar dor e para a avaliação global da doença pelo paciente. Incapacidade foi avaliada pelo questionário de avaliação de saúde. Idade, gênero, duração da doença, escolaridade, renda mensal, uso de drogas antirreumáticas e comorbidades foram obtidos. A análise estatística incluiu teste exato de Fisher, Shapiro-Wilk, Kruskal-Wallis e Spearman. O nível de significância foi de 0,05. RESULTADOS: A fadiga mostrou-se significativamente aumentada na osteoartrite em comparação à artrite reumatoide quando se utilizou o questionário de avaliação multidimensional de fadiga (P < 0,05). Dor correlacionou-se com fadiga ao se utilizar a escala visual analógica ou o questionário de avaliação multidimensional de fadiga em artrite reumatoide (r = 0,46; P < 0,05). O questionário de avaliação de saúde foi associado à fadiga por escala visual analógica em osteoartrite (r = 0,54; P < 0,05). Avaliação global da doença pelo paciente correlacionou-se com fadiga pela escala visual analógica (r = 0,44; P < 0,003). Todas as pacientes eram mulheres, predominantemente idosas, com médias de idade semelhantes, longa duração de doença e baixa renda. CONCLUSÃO: Nossos resultados confirmam que em pacientes com artrite reumatoide a fadiga correlaciona-se com dor, enquanto em pacientes com osteoartrite ela associa-se à incapacidade. Portanto, fadiga tem diferentes correlatos em osteoartrite e artrite reumatoide. Sugerimos que incapacidade, e não dor, seja o correlato da fadiga em pacientes com osteoartrite.
OBJECTIVE: To investigate the correlation of fatigue with pain in rheumatoid arthritis patients and with disability in osteoarthritis patients. METHODS: Twenty patients with rheumatoid arthritis and 20 patients with osteoarthritis were evaluated. The degree of fatigue was evaluated with a visual analogue scale and the Multidimensional Assessment of Fatigue. Pain was evaluated with a visual analogue scale as well as Patient Global Assessment. For disability evaluation, the Health Assessment Questionnaire was performed. Age, gender, disease duration, education, income, antirheumatic drugs used and comorbidity were also obtained. Statistical analysis included Fisher exact, Shapiro-Wilk, Kruskal-Wallis and Spearman tests. The significance level was 0.05. RESULTS: Fatigue was more significantly increased in patients with osteoarthritis than in patients with rheumatoid arthritis when evaluated with Multidimensional Assessment of Fatigue (P < 0.05). Pain was found to correlate with fatigue evaluated with visual analogue scale or Multidimensional Assessment of Fatigue in patients with rheumatoid arthritis (r = 0.46; P < 0.05). Health Assessment Questionnaire was associated with fatigue visual analogue scale in patients with osteoarthritis (r = 0.54; P < 0.05). Patient Global Assessment correlates with fatigue visual analogue scale (r = 0.44; P < 0.003). Patients were similar in both groups: all females, similar mean age, with long disease duration and low income. CONCLUSION: Our results corroborate that fatigue in rheumatoid arthritis patients correlates with the degree of pain, while in osteoarthritis patients it is associated with disability. Therefore, we found that fatigue has different correlates in osteoarthritis and rheumatoid arthritis, and we suggest that disability, not pain, is a correlate of fatigue in osteoarthritis patients.