Escleródios de Sclerotinia sclerotiorum permitem ao fungo conservar seu poder patogênico por vários anos no solo, todavia, são incipientes os estudos que relacionam a massa e a localização dos escleródios no solo com sua patogenicidade. Desta forma, objetivou-se avaliar se a massa dos escleródios e a sua localização no solo podem interferir na germinação carpogênica de S. sclerotiorum. Os escleródios foram pesados e classificados em seis classes, (C1) escleródios com massa inferior a 0,01 g, (C2) 0,01<0,02 g, (C3) 0,02<0,03 g, (C4) 0,03<0,04 g, (C5) 0,04<0,05 g e (C6) 0,05<0,06 g. Depois, foram acondicionados em caixas gerbox contendo solo umedecido até 100% da saturação, sendo alocados na superfície do solo e enterrados a uma profundidade de 3 cm. Os gerbox foram incubados em câmara BOD, temperatura de 20ºC e fotoperíodo de 12 h. Notou-se maior percentual de germinação carpogênica nos escleródios colocados na superfície do solo em todas as classes analisadas. Foi observada uma tendência em aumentar a germinação carpogênica com o aumento na massa dos escleródios, constatando-se nos escleródios colocados na superfície, germinação de 37,5; 62,5; 75; 87,5; 100 e 100%, enquanto que para os escleródios enterrados foi de 0; 37,5; 37,5; 62,5; 62,5 e 62,5%, nas classes C1, C2, C3, C4, C5 e C6, respectivamente. Ao final das avaliações, os escleródios enterrados apresentaram menor número de estipes e apotécios. Os escleródios C4, C5 e C6, quando na superfície do solo originaram mais estipes e apotécios, enquanto que para os enterrados, apenas os escleródios C5 e C6 proporcionaram maior número de estipes e apotécios por escleródio.
Sclerotia of Sclerotinia sclerotiorum allow the fungus to conserve its pathogenic power for several years on the soil; however, there are incipient studies that relate the sclerotium mass and location on the soil to its pathogenicity. Thus, the aim of this study was to assess if the sclerotium mass and location on the soil can interfere in the carpogenic germination of S. sclerotiorum. Sclerotia were weighed and classified into six classes, (C1) sclerotia with mass inferior to 0.01 g, (C2) 0.01<0.02 g, (C3) 0.02<0.03 g, (C4) 0.03<0.04 g, (C5) 0.04<0.05 g, and (C6) 0.05<0.06 g. Then, they were stored in gerbox containing soil moistened up to 100% saturation and were allocated to the soil surface and buried to a 3-cm depth. Gerboxes were incubated in a BOD chamber, temperature of 20ºC and 12 h photoperiod. The percentage of carpogenic germination was higher for sclerotia that were placed on the soil surface in all analyzed classes. Carpogenic germination tended to increase with the increase in the sclerotium mass; for the sclerotia placed on the soil surface, germination was 37.5, 62.5, 75, 87.5, 100 and 100%, while for buried sclerotia, it was 0, 37.5, 37.5, 62.5, 62.5 and 62.5% in C1, C2, C3, C4, C5 and C6, respectively. At the end of evaluations, buried sclerotia had fewer stipites and apothecia. On the soil surface, C4, C5 and C6 sclerotia originated more stipites and apothecia, while for buried sclerotia only C5 and C6 provided larger number of stipites and apothecia per sclerotium.