OBJETIVO: Comparar respostas cardiovasculares a Manobra Postural Passiva (Tilt Test) e capacidade cardiorrespiratória em homens e mulheres de meia-idade antes e após treinamento físico aeróbio. MATERIAIS E MÉTODOS: Sete homens - GH (44,6±2,1 anos) e sete mulheres - GM (51,7±4,8 anos), participaram de treinamento físico aeróbio por 12 semanas. Foi realizado protocolo de Tilt Test (cinco minutos supino, dez minutos inclinado 70º, cinco minutos supino), com monitoração da pressão arterial e freqüência cardíaca. Para mensuração da capacidade cardiorrespiratória foi realizado protocolo em cicloergômetro. RESULTADOS: Na condição sedentária, GH mostrou maior influência parassimpática no controle da freqüência cardíaca evidenciada por maior intervalo RR (iRR) durante Tilt Test. Na condição treinada, os valores de iRR de ambos os grupos se assemelham, tendo as mulheres iRR maior em supino, mas na inclinação os homens mantêm iRR mais elevado. Para pressão arterial, as mulheres permanecem com valores superiores após treino, mas a freqüência cardíaca tende a se assemelhar em ambos. Já na capacidade cardiorrespiratória, homens e mulheres têm um padrão de comportamento semelhante após treino. Com exceção dos valores absolutos da freqüência cardíaca, sem diferenças entre os grupos, para todas as outras variáveis os homens obtiveram valores superiores aos das mulheres. Observa-se ainda que, após o treinamento, houve redução significativa dos valores de pressão arterial no GM, mesmo continuando superiores aos dos homens. CONCLUSÃO: O treinamento parece ter reduzido os níveis pressóricos nas mulheres, além de serem observadas melhorias na capacidade cardiorrespiratória de ambos os grupos, permanecendo os homens com melhor desempenho do que as mulheres.
OBJECTIVE: To compare the cardiovascular responses to passive postural maneuvers (tilt test) and the cardiorespiratory capacity in middle-aged men and women, before and after aerobic physical training. METHODS: Seven men (44.6±2.1 years old) and seven women (51.7±4.8 years old) participated in aerobic physical training for 12 weeks. The tilt test protocol (five minutes supine, ten minutes tilted at 70º and five minutes supine) was followed, with arterial blood pressure and heart rate monitoring. A cycle ergometer protocol was used to measure cardiorespiratory capacity. RESULTS: In the sedentary condition, men showed greater parasympathetic influence in heart rate control, as demonstrated by their higher RR interval (iRR) during the tilt test. After training, the iRR values became more similar in the two groups, although the women had higher iRR in the supine position and the men continued to present higher iRR under tilted conditions. The women's blood pressures continued to be higher after training, but heart rate tended to become similar in the two groups. The cardiorespiratory capacity patterns in the two groups were similar after training. Except for absolute heart rate values, for which there were no differences between the groups, the men's values were higher than those of the women for all other variables. It was also observed that, after the training, the women's blood pressures were significantly lower, even though their pressures remained higher than the men's. CONCLUSIONS: The training seemed to reduce the women's arterial blood pressure levels and improve both groups' cardiorespiratory capacity, but the men continued to present better performance than the women.