RESUMEN Objetivo. Calcular la fracción atribuible poblacional a nivel nacional y regional y el número de casos de anemia que podrían prevenirse para tres factores de riesgo nutricional (deficiencia de hierro, folato eritrocitario y vitamina B12) en las mujeres en edad reproductiva en Belice. Metodología. Se llevó a cabo una encuesta probabilística nacional sobre características de los hogares y micronutrientes en la que se recopiló información sociodemográfica y de salud de 937 mujeres beliceñas no embarazadas de entre 15 y 49 años. Se extrajeron muestras de sangre para determinar los niveles de hemoglobina, ferritina, alfa–1–glucoproteína, folato eritrocitario y vitamina B12. En todos los análisis se emplearon ponderaciones muestrales y variables calculadas para tener en cuenta que se trataba de una encuesta con una muestra compleja. Se estimaron mediante regresión logística las razones de riesgos de prevalencia ajustados, que posteriormente se utilizaron para calcular la fracción atribuible poblacional con respecto a la anemia a nivel nacional y regional. Resultados. La prevalencia global de la anemia (hemoglobina <12 g/dl) fue del 21,2% (IC del 95%: 18,7–25,3). La prevalencia de la anemia fue significativamente mayor en las mujeres con ferropenia (59,5%, IC del 95%: 48,7–69,5) que en las que no tenían ferropenia (15,2%, IC del 95%: 12,2, 18,3); razón de riesgos de prevalencia ajustados = 3.9, IC del 95%; 2,9–5,1). Las tres deficiencias nutricionales examinadas explicaban al 34,6% (IC del 95%: 22,1–47,1) de los casos de anemia. Se estima que si pudieran eliminarse todas estas deficiencias nutricionales, se prevendrían unos 5953 (IC del 95%: 3807–8114) casos de anemia. Conclusiones. Los resultados de este estudio sugieren que los casos de anemia en las mujeres en edad reproductiva de Belice podrían reducirse en un tercio si se pudieran eliminar tres factores de riesgo nutricionales modificables (deficiencias de hierro, folato eritrocitario y vitamina B12). Una posible estrategia para mejorar el estado nutricional y reducir la carga de la anemia en este grupo poblacional es en el enriquecimiento de los alimentos con suplementos.
ABSTRACT Objective. To estimate the national and regional population attributable fraction (PAF) and potential number of preventable anemia cases for three nutritional risk factors (iron, red blood cell folate [RBCF], and vitamin B12 deficiencies) among women of childbearing age in Belize. Methods. A national probability-based household and micronutrient survey capturing sociodemographic and health information was conducted among 937 nonpregnant Belizean women aged 15–49 years. Blood samples were collected to determine hemoglobin, ferritin, alpha-1-glycoprotein (AGP), RBCF, and vitamin B12 status. All analyses used sample weights and design variables to reflect a complex sample survey. Logistic regression was used to determine adjusted prevalence risk (aPR) ratios, which were then used to estimate national and regional PAF for anemia. Results. The overall prevalence of anemia (hemoglobin <12 g/dL) was 21.2% (95% CI [18.7, 25.3]). The prevalence of anemia was significantly greater among women with iron deficiency (59.5%, 95% CI [48.7, 69.5]) compared to women without iron deficiency (15.2%, 95% CI [12.2, 18.3]; aPR 3.9, 95% CI [2.9, 5.1]). The three nutritional deficiencies examined contributed to 34.6% (95% CI [22.1, 47.1]) of the anemia cases. If all these nutritional deficiencies could be eliminated, then an estimated 5 953 (95% CI [3 807, 8 114]) anemia cases could be prevented. Conclusions. This study suggests that among women of child-bearing age in Belize, anemia cases might be reduced by a third if three modifiable nutritional risk factors (iron, RBCF, and vitamin B12 deficiencies) could be eliminated. Fortification is one potential strategy to improve nutritional status and reduce the burden of anemia in this population.
RESUMO Objetivo. Estimar a fração atribuível populacional (FAP) nacional e regional e o potencial número de casos preveníveis de anemia para três fatores de risco nutricionais (deficiência de ferro, ácido fólico eritrocitário e vitamina B12) entre mulheres em idade fértil em Belize. Métodos. Realizou-se um inquérito probabilístico domiciliar nacional sobre micronutrientes, que coletou informações sociodemográficas e de saúde de 937 mulheres belizenhas não grávidas com idade entre 15 e 49 anos. Coletaram-se amostras de sangue para dosagem de hemoglobina, ferritina, alfa-1-glicoproteína (AGP), ácido fólico eritrocitário e vitamina B12. Todas as análises usaram variáveis de delineamento e ponderações amostrais para refletir um inquérito amostral complexo. Aplicou-se regressão logística para determinar razões ajustadas de risco de prevalência (RPa), que foram usadas para estimar a FAP nacional e regional para anemia. Resultados. A prevalência geral de anemia (hemoglobina <12 g/dL) foi de 21,2% (IC 95% [18,7–25,3]). A prevalência de anemia foi significativamente maior em mulheres com deficiência de ferro (59,5%, IC 95% [48,7–69,5]) que em mulheres sem deficiência de ferro (15,2%, IC 95% [12,2–18,3]); RPa 3,9, IC 95% [2,9–5,1]). As três deficiências nutricionais analisadas contribuíram para 34,6% (IC 95% [22,1–47,1]) dos casos de anemia. Caso se eliminassem todas essas deficiências nutricionais, seria possível evitar cerca de 5.953 (IC 95% [3.807–8.114]) casos de anemia. Conclusões. Este estudo sugere que, nas mulheres belizenhas em idade fértil, os casos de anemia poderiam ser reduzidos em um terço caso fosse possível eliminar três fatores de risco nutricionais modificáveis (deficiência de ferro, ácido fólico eritrocitário e vitamina B12). A fortificação é uma possível estratégia para melhorar o estado nutricional e reduzir a carga de anemia nessa população.