Objetivo : Estudar o espaço areolar localizado anteriormente à coluna lombar e também o posicionamento dos grandes vasos com enfoque em abordagem lateral. Métodos : Estudo morfométrico com 108 casos com base em exames de ressonância magnética com ponderação T2 em posição supina. Foram realizadas as seguintes medidas: lordose lombar e segmentar; diâmetro discal anteroposterior; espaço entre o disco/corpo vertebral e os vasos; bifurcação da aorta abdominal e confluência das veias ilíacas comuns em relação ao nível lombar. Resultados : O espaço areolar com relação às veias ilíacas e à veia cava aumentou no sentido cranial (p < 0,001), partindo de média de 0,6 mm em L4-L5 e chegando em 8,4 mm em L2, e a artéria aorta abdominal não apresentou padrão ao longo dos diferentes níveis (p = 0,135), variando de 1,8-4,6 mm. O diâmetro dos discos aumentou distalmente (p < 0,01), assim como a lordose (p < 0,001). O diâmetro discal foi 11% superior ao dos corpos vertebrais adjacentes (p < 0,001) e isso refletiu na menor distância dos vasos no nível discal do que no nível dos corpos vertebrais (p < 0,001). A bifurcação aórtica estava geralmente à frente de L4 (52%) e com menos frequência, em L3-L4 (28%) e L4-L5 (18%). A confluência das veias foi, em geral, no nível de L4-L5 (38%) e de L5 (37%), e menos frequentemente em L4 (26%). Conclusões : Existe um plano identificável entre os grandes vasos e a coluna lombar, que é especialmente estreito em sua porção distal. Através de acesso lateral é teoricamente factível, porém desafiador, atingir este plano, manipular o complexo anterior do disco/LLA e proteger os grandes vasos.
Objective : This work aims to study the areolar space anterior to the lumbar spine, and also the positioning of the large vessels focusing a lateral approach. Methods :This is a morphometric study of 108 cases based on T2 weighted-MRI images in the supine position. The following measurements were performed: lumbar and segmental lordosis; anteroposterior disc diameter; space between the disc/vertebral body and the vessels; bifurcation between the abdominal aorta and the common iliac veins confluence in relation to the lumbar level. Results :The areolar space with respect to the iliac veins, and with the vena cava increased cranially (p<0.001), starting from average 0.6mm at L4-L5 and reaching 8.4mm at L2, while the abdominal aorta showed no increase or decrease pattern across the different levels (p=0.135) ranging from 1.8 to 4.6mm. The diameter of the discs increased distally (p<0.01) as well as the lordosis (p<0.001). The disc diameter was 11% larger when compared to the adjacent vertebral bodies (p<0.001) and that resulted in a smaller distance of the vessels in the disc level than in the level of the adjacent vertebral bodies (p<0.001). The aortic bifurcation was generally ahead of L4 (52%) and less frequently at L3-L4 (28%) and L4-L5 (18%). The confluence of the veins was usually at the L4-L5 level (38%) and at L5 (37%), and less frequently at L4 (26%). Conclusions : There is an identifiable plane between the great vessels and the lumbar spine which is particularly narrow in its distal portion. It is theoretically feasible to reach this plan, handle the anterior complex disc/ALL and protect the great vessels by lateral approach, however, it is challenging.
Objetivo : El trabajo tiene como objetivo estudiar el espacio areolar situado anteriormente a la columna lumbar y también el posicionamiento de los grandes vasos con enfoque de abordaje lateral. Métodos : Estudio morfométrico de 108 casos basados en MRI con ponderación T2 en la posición supina. Se realizaron las siguientes mediciones: lordosis lumbar total y segmentaria; diámetro anteroposterior del disco; espacio entre disco/cuerpo vertebral y los vasos; bifurcación de la aorta abdominal y la confluencia de las venas ilíacas comunes en relación con el nivel lumbar. Resultados : El espacio areolar con respecto a las venas ilíacas y la vena cava inferior aumentó cranealmente (p < 0,001), a partir de un promedio de 0,6 mm en L4-L5, llegando a 8,4 en L2, y la aorta abdominal no ha presentado un patrón a lo largo de los diferentes niveles (p = 0,135) que van desde 1,8 a 4,6 mm. El diámetro de los discos aumentó distalmente (p < 0,01) así como la lordosis (p < 0,001). El diámetro del disco fue 11% mayor que el diámetro de los cuerpos vertebrales adyacentes (p < 0,001) y esto resultó en la distancia más corta de los vasos en el nivel del disco que en el nivel de los cuerpos vertebrales (p < 0,001). La bifurcación aórtica fue en general por delante de L4 (52%) y con menor frecuencia en L3-L4 (28%) y L4-L5 (18%). La confluencia de las venas fue generalmente en L4-L5 (38%) y L5 (37%), y menos frecuentemente en L4 (26%). Conclusiones : Hay un plano identificable entre los grandes vasos y la columna vertebral lumbar que es especialmente estrecho en su parte distal. En teoría, es posible alcanzar este plan, manejar el complexo anterior disco/LLA y proteger los grandes vasos por abordaje lateral, sin embargo, es un desafío.