Abstract Lychee (Litchi chinensis Sonn.) is an exotic fruit from Asia, recently introduced in Europe. With the increase in the world production of this fruit, many by-products are wasted during industrial processing, including their peels and seeds. Considering the utilization of fruit peels as edible material as a new functional ingredient, this work aimed to assess the nutritional and phytochemical characterization, as well as the antioxidant activity of two lychee peel extracts (alcoholic and hydroalcoholic). Also, it was evaluated the scavenging capacity against reactive species (O2•-, H2O2, NO•) of the two extracts. The peels, at a nutritional level, showed high levels of carbohydrates and total energy (76.8 ± 1.0 g/100 g and 331.4 kcal/100 g, respectively) and low protein and lipid content. Total phenolic and flavonoid contents were higher in alcoholic extraction (1578 mg GAE/g and 55.1 mg CE/g, respectively). The antioxidant activity evaluated in vitro by DPPH and FRAP assays was also higher in the ethanolic extract, verifying a positive correlation with the extractive yield of the bioactive compounds. In general, the ethanolic extracts of lychee peels showed higher antioxidant capacity and the maximum scavenging activity against reactive oxygen (O2-•) and nitrogen species (NO•). The hydrogen peroxide scavenging activity observed in ethanolic extract (64 µg/mL) was like the values obtained in the positive controls (quercetin and ascorbic acid, 62 µg/mL, and 46 µg/mL, respectively). These preliminary results suggest this undervalued ingredient is a promising source of bioactive compounds with high biological potential for the development of new products as functional ingredient, always focusing on sustainability.
Resumo Lichia (Litchi chinensis) é uma fruta exótica originária da Ásia, recentemente introduzida na Europa. Com o aumento da produção mundial desta fruta, muitos subprodutos são desperdiçados durante o processamento industrial, incluindo-se cascas e sementes. Considerando a utilização de cascas de frutas como matéria comestível e possível ingrediente funcional, este trabalho teve como objetivo avaliar a caracterização nutricional e fitoquímica, bem como a atividade antioxidante de dois extratos (alcoólico e hidroalcoólico) de cascas de lichia. Também foi avaliada a capacidade sequestradora de espécies reativas (O2•-, H2O2, NO•) dos dois extratos. As cascas, em nível nutricional, apresentaram teores elevados de carboidratos e valor energético total (76,8 ± 1,0 g/100 g e 331,4 kcal/100 g, respectivamente) e baixo teor de proteínas e lipídeos. Os teores de compostos fenólicos e flavonoides totais foram maiores na extração alcoólica (1.578 mg GAE/g e 55,1 mg CE/g, respectivamente). A atividade antioxidante avaliada in vitro pelos ensaios DPPH e FRAP foi, igualmente, superior no extrato etanólico, verificando-se uma correlação positiva com o rendimento extrator dos compostos bioativos. Em geral, os extratos etanólicos das cascas das lichias apresentaram maior capacidade antioxidante e máxima atividade sequestradora de espécies reativas de oxigênio (O2-•) e nitrogênio (NO•). A atividade sequestradora de peróxido de hidrogênio observada no extrato etanólico (64 µg/mL) foi semelhante aos valores obtido nos controles positivos (quercetina e ácido ascórbico, 62 µg/mL e 46 µg/mL, respectivamente). Estes resultados preliminares apontam este resíduo pouco valorizado como uma fonte promissora de compostos bioativos com alto potencial biológico para o desenvolvimento de novos produtos, como ingrediente funcional, sempre com foco na sustentabilidade.